Lubrificação feminina: a resposta física da excitação sexual nas mulheres

Mulheres podem estimular a lubrificação vaginal conhecendo suas zonas erógenas

Lubrificação feminina está ligada a fatores físicos e emocionais.


Assim como os homens têm ereção, a lubrificação vaginal é o indicador físico do prazer feminino. Numa espécie de preparação do organismo para a reprodução, trata-se de uma resposta corporal aos estímulos sexuais e à libido. Para o sexo ser prazeroso e, consequentemente, acontecer a fecundação, o sistema endócrino da mulher funciona para produzir a umidade vaginal necessária à penetração pelo pênis do homem. 

Mas se do ponto de vista patológico o organismo está preparado para a lubrificação feminina, nem sempre as funções vaginais cumprem o esperado. Alguns fatores físicos, como a perda do hormônio estrogênio - que ocorre na menopausa, em casos de doenças e até estresse - causam a incômoda falta do fluido lubrificante da vagina.

Nessas horas, as mulheres podem lançar mão de lubrificantes vaginais ou tentarem algumas técnicas naturais que podem estimular a umidade da região pélvica. Mas o importante é perceber se a secura vaginal está sendo causada por outros fatores. 

Zonas erógenas femininas

Segundo o médico ginecologista e especialista em sexualidade, Marino Pravatto Júnior, a mulher deve primeiro entender se os estímulos de prazer que recebe estão de acordo com suas preferências. O primeiro ponto fundamental (e básico!) é entender se o parceiro realmente a atrai.

Caso isso esteja certo, a masturbação pode ser um bom caminho para entender quais são as zonas erógenas do corpo e, assim, estimular a lubrificação feminina. Segundo o médico, as estatísticas sobre sexualidade feminina mostram um dado muito importante: a sexualidade da mulher é difusa por todo o corpo. 

"Ela costuma ter mais pontos que levam à excitação. Tem a parte interna da coxa, a região do períneo e tantas outras. O ideal é explorar bem cada uma", orienta o o Dr. Pravatto. 

Mulheres também podem ejacular?

Embora os resultados sobre a possível ejaculação feminina ainda sejam controversos, algumas pesquisas científicas já apontam que algumas mulheres chegam a experimentar essa sensação. A ejaculação feminina geralmente acontece durante orgasmos muito intensos e nada tem a ver com urina, lubrificação ou sêmen. 

Segundo a médica ginecologista e especialista em sexualidade, Cristina Carneiro, um estudo de 2011, publicado no Jornal de Medicina Sexual, da Sociedade Internacional para Medicina Sexual, apontou essa diferença.

Durante o estudo, os pesquisadores coletaram os fluidos de uma voluntária que liberou duas diferentes substâncias. O que eles consideraram como a verdadeira ejaculação feminina é um fluido escasso, espesso e esbranquiçado, que presume-se vir da chamada "próstata feminina", que nada mais é do que a glândula de Skene. 

Já o outro líquido liberado por muitas mulheres durante o sexo se assemelha à urina diluída e seria proveniente da bexiga. "Em um estudo publicado em 2009 pela Universidade de Wisconsin-Madison, nos Estados Unidos, 13 mulheres que declaram ejacular com frequência falaram sobre a quantidade de líquido expelido: três delas disseram que a área molhada no lençol tinha o tamanho semelhante a um CD", conta  a médica.

O mais importante é a mulher não se deixar estressar em busca da ainda não comprovada ejaculação. A lubrificação feminina, mesmo em quantidade menor, já é suficiente para promover o prazer da penetração e levar ao orgasmo.

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