Sadomasoquismo: saiba como é possível praticar de forma 'leve'
Depois do sucesso de '50 tons de cinza' as mulheres ficaram mais interessadas em botar a fantasia do sadomasoquismo para funcionar
Quem não achou excitante as investidas com nuances de sadomasoquismo de Mr. Grey, o personagem central do livro erótico '50 Tons de Cinza' que dê a primeira chicotada. E mesmo quem não viu nada interessante na história que rendeu a venda de milhões de exemplares e um filme baseado no romance não conseguiu ficar indiferente às discussões levantadas sobre o tema.
Por definição, sadomasoquismo é uma relações sexual na qual as pessoas buscam prazer através da dor, humilhação ou sofrimento - próprios ou do parceiro.
"Não tenho dúvida de que tem muito mais gente se atrevendo a brincar desse jeito depois do sucesso que a trilogia do livro erótico '50 tons de cinza', diz a psicóloga especialista em sexualidade (sexpert), Tatiana Presser.
Para a especialista, isso mostra de forma escancarada o que muitas mulheres ainda tentam lutar contra: o desejo de uma figura masculina com ares de 'macho dominante' na cama.
"Por sermos seres que temos muito controle na vida, tomamos muitas decisões não só no trabalho, mas, principalmente, em relação ao futuro da família, na cama é gostoso ter alguém com mais atitude", opina a psicóloga e sexpert.
Respeitar os limites
Seja no campo apenas da fantasia sexual ou na prática nua e crua, o sadomasoquismo tem despertado a curiosidade. Mas nem todo mundo precisa sofrer ao realizar a técnica de forma pesada. Para os inciantes no sadomasoquistas, existe até um termo para quem quer utilizar as técnicas da prática de forma light: baunilha.
Baulha ou experiente, quando o assunto é botar a fantasia do sadomasoquismo para funcionar, o importante é cada um respeitar seus próprios limites. Só deve entrar no jogo quem tiver um canal de comunicação totalmente aberto com o companheiro, inclusive com códigos claros para que a prática possa ser interrompida a qualquer momento.
Estabeleça regras, códigos, palavras de segurança. "Pesquise o que você quer e como você quer fazê-lo. A última coisa que se deve fazer numa situação de prática do sadomasoquismo é sair atropelando tudo, sem falar sobre o assunto e acabar forçando uma barra. Isso pode tornar uma experiência que poderia ser super legal numa furada", ensina Tatiana.
Sem essas simples medidas, os parceiros podem podem ficar chateados e se sentirem desrespeitados. "Mesmo quem só tem a intenção de brincar de 'um tapinha não dói', deem uma conversadinha antes. Ser um 'baunilha' no sadomasoquismo pode ser extremamente excitante, então, não estraguem uma oportunidade por ter vergonha de falar sobre o assunto", conclui a especialista.
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