Entenda a importância de relizar os exames pré-nupciais

É aconselhado fazê-lo ainda que já se tenha uma vida sexual ativa. Descubra quais são os motivos que o tornam tão fundamental

exames pre nupciais
Exames pré-nupciais podem evitar problemas futuros para o casal. © iStockphoto/Kuzmichstudio

O fato de muitos casais da atualidade, na maioria dos casos, já terem uma vida sexual ativa antes de decidirem pelo matrimônio levou a uma redução na busca pelos chamados exames pré-nupciais. Mas o que muita gente não sabe é que isso pode não ser uma boa notícia, pois conhecer melhor a saúde do companheiro é muito mais do que uma simples formalidade.

“As pessoas acreditam que o fato de estarem juntos por um período maior é o suficiente para conhecer quem está ao lado, mas se esquecem que alguns problemas como a infertilidade não apresentam sintomas e isso pode ser, em algum momento, determinante para a continuidade da relação”, afirma Andréa Mattos, que é ginecologista e obstetra.

Como são feitos os exames pré-nupciais?

O primeiro passo é procurar um médico especialista, sendo o ginecologista para a mulher e o urologista para o homem. Há algum tempo, fazia-se apenas uma consulta simples e a realização de exames laboratoriais de rotina, para saber se estava tudo bem.

Mas com o passar dos anos e os avanços tecnológicos na área médica, tornou-se possível aprofundar ainda mais esta checagem e dar uma resposta mais certeira sobre a condição de saúde dos noivos.

“É possível detectar doenças ainda em fase inicial, prever qualquer dificuldade que possa haver na fecundação, entre outras questões que podem afetar a vida do casal”, destaca a especialista.

O que é diagnosticado com os exames pré-nupciais

Veja abaixo a lista de exames que os especialistas solicitam que sejam realizados pelo casal:

  • Cariótipo: avalia a existência de alterações cromossômicas, que podem vir a causar problemas reprodutivos como abortamentos, mal formação, infertilidade, etc;
  • Clamídia (chlamydia trachomatis): avalia a presença desta doença sexualmente transmissível que pode provocar infecções oculares, urogenitais e infertilidade;
  • Espermograma (homem): para avaliar as condições de fertilidade do homem, possibilitando a realização de tratamento precoce e podendo evitar a infertilidade masculina;
  • Hemograma completo: identifica anemias ou alterações de glóbulos brancos e plaquetas;
  • HIV: permite a detecção de infecção pelo vírus HIV;
  • Sorologia para a hepatite: identifica a infecção pelos vírus B e C, possibilitando o tratamento (em caso de infecção) ou a vacinação para o tipo B nos casos de sorologia negativa;
  • Sorologia para rubéola (mulher): verifica a imunidade para a rubéola, apontando ou não para a necessidade da vacinação, o que ajuda a proteger o bebê em caso de gravidez;
  • Toxoplasmose (mulher): para identificar a presença da toxoplasmose,  infecções causadas pelo protozoário toxoplasma gondii, o que permite o tratamento para evitar a contaminação da gestante para o feto;
  • Urina: avalia a existência de infecções assintomáticas e doenças renais;
  • VDRL: para detectar a sífilis, possibilitando o tratamento;
  • Exame parasitológico de fezes: para o diagnóstico e tratamento de parasitoses assintomáticas que podem trazer problemas no futuro.

Se os noivos têm a possibilidade de consultar um médico de confiança isso fica ainda mais fácil e seguro. De toda forma, qualquer urologista ou ginecologista está capacitado para conduzir bem os exames pré-nupciais e garantir a saúde do casal.

“O mais importante é que se entenda a importância desses exames para o futuro e não deixem de fazer”, conclui a ginecologista.

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