Desfraldar as crianças: veja algumas dicas preciosas

Parceria com a  escola e muita paciência de pais e cuidadores são o segredo para retirar a fralda dos bebês

Desfraldar bebês: trabalho conjunto entre pais, educadores e escola.


Qual a hora certa para meu filho desfraldar? Esta é, sem dúvida, uma das questões mais recorrentes para famílias com crianças pequenas. Em geral, o desfralde é iniciado entre um ano e meio e dois anos de idade, porém, cada criança tem o seu tempo próprio de desenvolvimento. Neste processo, que requer cuidado e paciência, a parceria entre a família, cuidadores e escola é fundamental.
 
A fase de desfralde precisa ser acompanhada de uma familiarização com a imagem do próprio corpo. Os pais e educadores devem ajudar, progressivamente, na conscientização dos bebês sobre os cuidados pessoais, executando ações simples relacionadas à saúde e higiene.
 
Para Paula Bon, coordenadora da educação infantil do Colégio Franciscano Pio XII, o desfralde é uma decisão iniciada juntamente com os pais, sempre respeitando o ‘timing’ das crianças. É preciso observar os sinais de maturidade, como por exemplo, se demonstram vontade de trocar a fralda depois das evacuações.
 

Dicas para desfraldar o bebê

O mais recomendado é as mães observarem a rotina de evacuação e micção das crianças. Costumam  evacuar quanto tempo após as refeições? Quando foi a última vez que tomou líquidos?
 
Algumas crianças vão apresentar um horário certinho do cocô e, depois que ingerem líquidos, geralmente em 20 minuto irão fazer xixi. Observando o funcionamento do sistema digestivo e  urinário dos filhos, o ato de desfraldar pode ser iniciado com atitudes simples:
 
  • Chame a criança para ir o penico quando perceber que ela parou de brincar, está com olhar muito concentrado ou fazendo força;
  • Pergunte se ela quer fazer xixi ou cocô. Crianças costumam entender esse diálogo, mesmo quando não falam ainda direito;
  • Caso a criança tenha irmãos mais velhos, deixe-a acompanhar o irmãozinhos na ida ao banheiro. A observação pode servir para a imitação depois;
  • Crie a rotina de ir ao banheiro logo ao acordar, antes de dormir e sempre antes de sair de casa;
  • Muitas crianças acabam ficando muito tempo no vaso ou penico, mesmo após terem feito suas necessidades. Crie brincadeiras de se ‘despedir’ do que saiu e faça a criança tomar gosto por apertar a descarga e ver suas necessidades irem embora;
  • Elogie muito a criança cada vez que ela pedir para ir ao penico ou ao vaso sanitário. Quando fizer xixi na fralda ou na calça, reprima com delicadeza mas explique que ele já sabe o lugar certo de fazer as necessidades;
  • Saiba que, no frio, a tendência de fazer mais xixi durante a noite aumenta. Uma solução é usar a chamada ‘fralda de cachorro’, uma superfície plana, como se fosse uma coberta, só que feita com a mesma composição da fralda de bebê. Forre na cama para proteger o colchão e continue a insistir que a criança deve acordar, caso tenha vontade de fazer xixi à noite;
  • Nunca retroceda ao retirar a fralda. Especialistas indicam que o desfralde pode atrasar em até um ano nesses casos.

Desfraldar em parceria com a escola

No caso de crianças que já frequentam creche ou maternal, cabe à escola facilitar essa etapa da vida organizando a rotina e o ambiente para que as crianças ajam com independência. 

“O melhor momento para que este processo aconteça é uma decisão conjunta, desde que a família esteja preparada para a ação, pois é preciso participar e incentivar, além de controlar preocupações e diminuir expectativas”, indica a coordenadora do Colégio Franciscano Pio XII.
 
A rotina escolar pode favorecer o processo de desfraldar a criança. Um exemplo prático é o que ocorre, no colégio Pio XII. As educadoras promovem idas ao banheiro, que são adequadamente projetadas por faixa etária. Durante esta etapa monitorada por educadores, as crianças que ainda não saíram das fraldas têm a oportunidade de observar e imitar aquelas que já usam o vaso sanitário.
 
Esse processo de imitação dos mais velhos é eficaz, tanto que pais com filhos maiores costumam relatar que os caçulas são mais fáceis de desfraldar pela observação dos irmãos. Também cabe a pai e educadores incentivar a brincadeira com bonecos, fraldas descartáveis e penicos.
 
Ao familiarizarem-se com os objetos relacionados às suas necessidades fisiológicas, os pequenos refletem sobre os fatos reais e vão ganhando independência. A ponto de tornar o desfralde menos traumático.
 
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