Camisinha: como suspender o preservativo quando a relação fica séria?
Conheça as regras básicas para minimizar os riscos de DST, quando o casal decide não transar mais de camisinha
Preservativos ainda são a melhor forma de se prevenir de Doenças Sexualmente Transmissíveis, as DSTs. Mas seja quando há planos de gravidez ou quando a relação se estabeleceu monogâmica, os casais acabam um dia conversando sobre a possibilidade de não transarem mais de camisinha.
Embora a fidelidade do casal seja algo nem tão concreto, na prática, sabe-se que uma relação estável geralmente dispensa a camisinha. Ainda haverá riscos de contaminação por HIV ou outras DSTs, mas serão improváveis caso os dois realmente não façam sexo com outros parceiros.
Mas mesmo os casais fieis devem estar atentos. pesquisas apontam que as mulheres são mais infectadas pelo HIV através de relações heterossexuais. Por isso especialistas recomendam que os casais só devem tomar esta decisão quando tiverem um relacionamento baseado na confiança mútua.
”A hora de suspender a camisinha é delicada. Requer conversa prévia e exames médicos. É preciso, inclusive, passar por cima de tabus: o casal precisa deixar claro que, se houver traição, o pacto deve ser usar camisinha na relação extraconjugal”, defende a psicóloga Helena Monteiro.
Regras antes de abolir a camisinha
Mesmo um casal cuja vida sexual se resuma a uma relação estável e monogâmica, deve confirmar seu estado de saúde antes de suspender a proteção.
“A conduta deve ser a seguinte: início do relacionamento, camisinha sempre. O ideal é o uso do preservativo mesmo durante as preliminares, pois existe a possibilidade de ruptura de vasos sanguíneos nas boca, vagina e ânus”, recomenda o médico ginecologista e especialista em sexualidade, Marino Pravatto Júnior.
Segundo o Pravatto Júnior, após a decisão do casal, a camisinha só deve ser totalmente abolida depois de alguns exames. Os exames de sangue recomendados devem ser feitos pelos dois no mesmo dia.
“Após o resultado, o casal continua usando a camisinha por mais seis meses. Então, fazem o exame novamente depois deste período e, aí sim, começam a transar sem proteção”, orienta o médico.
Exames antes de suspender a camisinha
Antes de retirar de vez o preservativo na hora do sexo, alguns exames são fundamentais. Há quem tem receio de descobrir alguma doença, mas os médicos garantem que não existe motivo para isso.
Atualmente, com o acesso a tratamentos avançados para tratar de pacientes soropositivos e muitos direitos para pacientes com HIV, qualquer pessoa pode ter uma vida sexual ativa e prazerosa. A única diferença será que a camisinha deverá ser mantida, para não infectar o parceiro.
São três os exames primordiais a serem feitos pelo casal que decide não mais usar camisinha na relação sexual:
1. Anti-HIV
Este exame detecta a presença de anticorpos anti-HIV no organismo, através da qual se chega ao diagnóstico da infecção pelo vírus da Aids. Esse exame é feito gratuitamente no Brasil, em postos de saúde e hospitais da rede pública brasileira. Após o primeiro resultado, o casal que deixou de usar camisinha deve fazer o exame anualmente HIV
2. Teste de Sífilis
O diagnóstico laboratorial da sífilis é baseado em exames de microscopia e exames sorológicos, que recebem o nome de VDRL. Trata-se de um exame de sangue para diagnosticar sífilis. O teste identifica anticorpos que o organismo produz para combater a bactéria Treponema pallidum, causadora da doença. O casal que planeja suspender a camisinha nas relações sexuais precisa fazer este exame.
3. Hepatite B
São três os exames para detectar o vírus da hepatite B: HBsAg; Anti HBc total; e Anti HBc IGM. Este três exames devem ser associados para verificar se há anticorpos e se o vírus já está manifestado no organismo. A Hepatite B é transmitida por relações sexuais e, portanto, deve ser averiguada pelo casal antes de suspender a camisinha.
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