Testes com vacinas contra Zika apresentam resultados positivos

Uma ótima notícia no combate à doença que vem prejudicando seriamente a população de diversos países, especialmente do Brasil. Um grupo formado por cientistas da Universidade de São Paulo (USP) e norte-americanos obteve sucesso nos testes – em camundongos – para duas vacinas experimentais contra o Zika vírus. Os resultados foram publicados na revista científica Nature Communications.

A notícia veio poucos dias após o anúncio que Instituto Butantan fechou uma parceria com os Estados Unidos e com a Organização Mundial da Saúde (OMS) para o desenvolvimento de uma vacina contra o vírus. O acordo prevê que o centro de pesquisas brasileiro receba US$ 3 milhões da Autoridade de Desenvolvimento e Pesquisa Biomédica Avançada (Barda, na sigla em inglês) - órgão ligado ao Departamento de Saúde e Serviços Humanos do governo americano (HHS). 

Resultados positivos foram atingidos pelos cientistas ao testarem uma vacina utilizando o vírus inativo e uma vacina de DNA e ambas forneceram proteção total a camundongos expostos ao Zika. Uma das vacinas testadas utiliza a abordagem mais clássica de imunização, que é a aplicação de uma forma inativada do vírus – purificada e tratada com substâncias que não permitem a replicação do RNA (o código genético).

Já no segundo teste foi com uma vacina de DNA, que não utiliza o vírus inteiro inativo, mas apenas duas de suas proteínas que são importantes para que o vírus consiga aderir às células e infectá-las, o que é considerado por muitos mais segura. 

Segundo Paolo Zanotto, professor do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da Universidade de São Paulo (USP), os resultados são animadores, apesar de serem apenas uma 'prova de conceito', ou seja, uma prova de que a criação de uma vacina contra o vírus Zika pode seguir por este caminho.