Vacina contra o Zika vírus não deve sair este ano, diz Ministro da Saúde

A expectativa é que as pesquisas contra o vírus gerem a imunização em pelo menos dois anos

A imunização contra o Zika vírus ainda deve demorar dois anos.


Depois que a Anvisa aprovou a vacina contra a dengue, que deve chegar ao mercado em poucos meses, o Ministro da Saúde, Marcelo Castro, afirmou que os estudos para o desenvolvimento da imunização contra o Zika deve demorar pelo menos dois anos. A vacina deverá proteger a população contra o vírus que se espalhou pelo país e está sendo responsável pelo surto de microcefalia no país.

Em conversa com jornalistas, Castro afirmou que o tempo será menor que o prazo para a elaboração da vacina contra a dengue, que foi concluída em 20 anos e protege contra quatro sorotipos de vírus. Estima-se que cada dose deverá custar cerca de 20 euros – R$ 87,00 na cotação da moeda de hoje.

Sem vacina contra o vírus, o Ministro reitera os cuidados com o Aedes aegypti, mosquito transmissor do Zika. “Enquanto a a vacina não vem, o importante é não deixar o mosquito [Aedes aegypti] nascer, porque quando ele nasce é um perigo ambulante”, disse, citando as ações simples de combate ao inseto que estão sendo feitas no Piauí, onde agentes de saúde colam selos vermelhos nas portas das casas onde são encontrados focos do mosquito. 

Até o momento, foram notificados 3.174 casos suspeitos de microcefalia no Brasil, em mais de 680 municípios de 21 Estados. Também estão sendo investigados 38 mortes de bebês com a malformação relacionadas ao Zika vírus. Pernambuco ainda registra o maior número de casos (37,33%), seguido pela Paraíba, Bahia, Rio Grande do Norte, Sergipe, Ceará, Alagoas, Mato Grosso e Rio de Janeiro. 

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