Blefaroplastia: conheça a cirurgia plástica que suaviza o contorno dos olhos
Saiba a quem é indicada, os riscos e cuidados da cirurgia plástica das pálpebras
Além do fato de combater as olheiras, a preocupação com a beleza ao redor dos olhos tem levado cada vez mais pessoas a realizarem a blefaroplastia. Do grego blepharon (pálpebras) mais plastos (modelar), a cirurgia plástica tinha por objetivo apenas a remoção do excesso de pele e das bolsas de gordura na região das pálpebras superiores e inferiores.
Mas com o passar dos anos, isso foi sendo modificado. Hoje, a blefaroplastia abrange um conceito muito mais amplo e consiste na cirurgia estética das pálpebras.
“O procedimento suaviza os contornos, por meio da retirada e/ou reposicionamento de tecidos (pele, gordura, músculos) , com o intuito de melhorar de modo global a região dos olhos, devolvendo-lhe a jovialidade e harmonia entre as demais estruturas do rosto”, explica a cirurgiã plástica e membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), Monica Okamoto.
Indicações e contraindicações
A blefaroplastia pode ser indicada a todas as pessoas adultas que se queixem de alguma sobra de pele ou bolsas de gordura aparentes. Dentre as quais, os chamados sulcos subpalpebrais profundos e a flacidez de pele na região dos olhos.
Segundo especialistas, a única contraindicação absoluta desta cirurgia são doenças que limitem a cirurgia, por exemplo, hipertensão ou diabetes descompensadas.
“Há outras circunstâncias como pacientes que sofrem de olhos secos, ardor, ou diminuição de função visual. Também doenças da tireoide, em que há necessidade de uma avaliação com o especialista, exigem orientações de conduta em caso de cirurgia”, ressalta a cirurgiã plástica.
Simetria dos olhos
Um dos maiores temores de quem se submete à blefaroplastia é ficar com os olhos disformes, como se um fosse mair que o outro. Por isso uma avaliação adequada no pré-operatório, para definir o que fazer e como fazer a cirurgia é fundamental.
“É importante explicar ao paciente que essa cirurgia não tem por objetivo corrigir as assimetrias que já existam e sim, se possível, minimizá-las. Não somos perfeitamente simétricos de um lado e outro”, esclarece a Dra. Monica.
Tecnicamente falando, algumas precauções podem ser tomadas durante a blefaroplastia, para evitar resultados indesejados. Dentre elas, posicionar as cicatrizes nas pregas naturais ao redor dos olhos, para não ficarem aparentes.
“Outra medida importante é não retirar tecidos em excesso, ou realizar a fixação do canto externo (cantopexia lateral) em pacientes com moderada flacidez de pálpebra inferior. Isso evita alterações de posicionamento, após a cicatrização completa”, recomenda a cirurgiã plástica Monica Okamoto.
Recuperação e risco
A recuperação de uma blefaroplastia, se realizada isoladamente, geralmente ocorre em torno de sete a dez dias. Após este período, o paciente já é liberado para voltar ao trabalho e à maioria de suas atividades de rotina. Os pontos começam a ser retirados a partir do quinto dia de pós operatório.
“O edema demora cerca de 15 a 20 dias para desaparecer e um resultado satisfatório já é notável no primeiro mês após a cirurgia. Porém o resultado definitivo ocorrerá após seis meses a um ano”, conta a médica.
Os riscos da blefaroplastia são os mesmos inerentes a todo o procedimento cirúrgico. Mas existem algumas complicações mais comuns de acontecer neste tipo de cirurgia plástica. Dentre elas, hematoma, inchaço por tempo maior que o esperado, olhos secos por algum tempo, cicatrizes hipertróficas e visão embaçada durante os primeiros dias.
“Mas a boa notícia é que isso tudo pode ser evitado se houver de fato a indicação para a cirurgia, após ser realizada uma avaliação pré-operatória adequada. A cirurgia for feita por profissional qualificado e em local com suporte para o procedimento e resolução de possíveis intercorrências”, conclui a Dra. Monica.
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