Intolerância e Alergia Alimentar: saiba quais são as diferenças

Aprenda como descobrir que alimentos causam intolerância ou alergia alimentar

Alergia alimentar: é preciso tirar o alimento da dieta.


De acordo com estudos, atualmente as intolerâncias alimentares estão presentes em 40% da população. A rejeição a determinadas substâncias presentes nas comidas são frequentemente confundidas com alergias. Isso acontece devido ao fato de os sintomas serem muito parecidos. 

Especialmente aqueles relacionados com quadros gastrintestinais, como: diarreia, gases e distensão abdominal. Mas, afinal, quais são os sintomas da intolerância? Como diferenciá-los da alergia

Especialistas defendem que todas as reações desconfortáveis a alimentos são intolerâncias alimentares, podendo algumas ser alérgicas ou não. O importante é levar a sério quando estes desconfortos acontecem. É preciso ter atenção aos sintomas, fazer os testes e realizar o tratamento. 

"Não é frescura. Comer alimentos que provocam alergia no organismo pode desencadear processos que, dependendo do nível de sensibilidade, aumentam o risco de choque anafilático, fechamento de glote, entre outras reações graves", alerta  Paula Castilho, nutricionista da Sabor Integral.

Os sintomas da alergia e intolerância  podem ser muito similares, sobretudo quando se trata de alergia do tipo TH1 (veja explicação a seguir ). O que os diferencia é a intensidade e as consequências. 

Enquanto na intolerância os riscos extremos - como edema de glote e até parada cardíaca - não existem,  na alergia o efeito da substância alergênica no organismo pode levar a reações graves e, em algumas vezes, até ao óbito.

As causas de intolerância e alergia alimentar

Basta a pessoa observar como se sente após comer determinado alimento para saber se é intolerante. Tem gente que não digere bem melão, pipoca, cebola ou leite. Mas não necessariamente tem alergia. Outra diferença entre entre intolerância e alergia alimentar reside no fator causador. 

As alergias são reações ligadas a alguma proteína presente no alimento, considerada como um elemento estranho pelo organismo. Já a intolerância ocorre quando o corpo não possui enzimas para digerir determinado carboidrato, como no caso da lactose.

As alergias alimentares normalmente têm fundo genético.  “Quando um dos pais apresenta alergia alimentar, o filho tem 30% de chance de ter o mesmo problema. Quando pai e mãe têm a alergia, aí a criança tem 50% de chance de desenvolver os mesmos sintomas”, explica Paula.

Os tipos de alergia alimentar

Nas alergias alimentares, os sintomas de desconforto presentes na intolerância alimentar são intensos e podem ser divididos em dois tipos:

  • Alergia tipo TH2. Neste caso, as reações são anafiláticas e muito mais conhecidas da população. Trata-se de uma alergia clássica: logo após comer, entre 15 minutos e seis horas, a ingestão do alimento pode provocar urticárias, coceira e vermelhidão na pele, além de cólicas e diarreia. Quando a alergia ao alimento é grave, a evolução nesses casos pode ser muito rápida e séria, com dificuldades respiratórias, vaso dilatação, diminuição da pressão arterial e da oxigenação cerebral, podendo levar à morte. 
  • Alergias do tipo TH1. Neste tipo de alergia, os sintomas demoram mais para se manifestar: em torno de 48h. As reações podem vir como cólicas, dores abdominais, aumento da quantidade de fezes, dermatite, rinite e asma.

Como saber se  os alimentos provocam alergia 

No Brasil e na Inglaterra, o campeão em alergias alimentares é o leite e seus derivados. Nos EUA, o amendoim e as nozes são responsáveis por grande parte das alergias. Também o trigo, a soja, peixes, clara de ovo, cacau, crustáceos e moluscos são alimentos que provocam alergias com frequência.

A principal forma de testar uma alergia é retirar da dieta o alimento que se desconfia que esteja provocando o problema. Os pacientes com alergia de tipo TH2 demorarão poucos dias para se reconhecer a melhora. No caso dos pacientes com alergias do tipo TH1, a dieta sem o alimento deve ser feita por um período de seis a oito semanas para que se possa observar mudança nos sintomas. 

Caso seja constatado o causador da alergia, o paciente deve cortá-lo de sua dieta. Não existem tratamentos comprovados cientificamente que eliminem as alergias alimentares e as intolerâncias. 

O que se deve fazer é restringir o alimento causador dos sintomas. No entanto, quando a restrição a um determinado alimento for total, o paciente precisa fazer um acompanhamento para substituição nutricional.

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