Saiba mais sobre a intolerância à lactose
Normalmente genética, ela pode causa uma série de sintomas gastrointestinais, como dor, gases e diarreia

A intolerância a lactose pode ser genética ou causada pela deficiência de estímulo e idade.
Já virou rotina andar no supermercado e encontrar produtos sem lactose. Isto porque, recentemente, as marcas precisaram se adaptar a um novo público: os intolerantes à lactose.
A nutricionista Andreia Naves, diretora da VP Consultoria Nutricional, explica que os intolerantes são aqueles que apresentam deficiência de lactase, enzima responsável pela quebra da lactose em duas moléculas, a galactose e glicose.
As pessoas cujo o organismo não produz esta enzima, ao consumir alimentos que contém a lactose (laticínios), apresentam uma série de sintomas gastrointestinais secundários à fermentação da lactose no intestino: como dor e distensão abdominal, gases, movimentos intestinais irregulares e diarreia. Nestes casos, a recomendação é a de exclusão dos alimentos que contém lactose da dieta, como todos os leites de origem animal (de vaca, de cabra, etc.)
A intolerância a lactose é genética, no entanto, há outros fatores que contribuem para reduzir a produção da enzima lactase, como deficiência de estímulo (quanto menor o consumo de lactose, menor a produção da lactase) e a idade (produção de lactase diminui com a idade).
Se desconfiar que é intolerante, basta fazer um exame para sanar a dúvida. O mais comum é aquele em que o paciente recebe uma dose de lactose em jejum e, depois de algumas horas, amostras de sangue são colhidas e verifica-se a glicemia, que permanece inalterada em indivíduos com intolerância. “O tempo do resultado varia de acordo com o laboratório e deve ser interpretado por um médico”, indica a nutricionista.
Se der positivo, a recomendação é excluir da alimentação todos os alimentos que contenham lactose (leite e derivados), mas sem deixar de levar uma vida comum. A alimentação deve ser equilibrada e rica em frutas, verduras e legumes. Alimentos como couve, repolho e brócolis, por exemplo, são fontes de cálcio com alta fração absorvível (maior do que o próprio leite).
Adaptações na dieta
O cardápio de quem é intolerante deve ser completamente alterado, como explica a nutricionista. Primeiro, ela sugere a substituição do leite por sucos naturais, vitaminas de frutas, bebidas vegetais (arroz, amêndoa) e chás. “Essa substituição só vai permitir a variedade no cardápio, mas não equivale em substituição nutricional com a quantidade de proteína.”
A nutricionista também relembra que o cálcio não é encontrado apenas no leite. Por isso, o intolerante não sofrerá com a deficiência desse mineral se tiver uma dieta equilibrada e rica em verduras e legumes.
“Assim, a exclusão de leite e laticínios não levarão o paciente a apresentar deficiência de cálcio, desde que seja priorizada a inclusão destes alimentos e de outros também fonte de cálcio. Vale ressaltar que estes alimentos também podem apresentar outros constituintes importantíssimos para manutenção da saúde, como magnésio, ferro, vitamina C, vitamina K e compostos bioativos ”, finaliza.
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