Tire suas dúvidas sobre a colocação de prótese de silicone

Especialista responde às perguntas mais comuns sobre o implante nos seios

Pacientes têm muitas dúvidas sobre colocação de prótese de silicone.


Uma das cirurgias plásticas mais realizadas no Brasil e no mundo, a colocação de prótese de silicone nos seios só perde para a lipoaspiração e blefaroplastia (cirurgia plástica das pálpebras). De acordo com uma pesquisa divulgada em julho de 2014 pela International Society of Aesthetic Plastic Surgery  (Isaps), o Brasil ficou em segundo lugar no ranking  mundial em número de procedimentos cirúrgicos, somente atrás dos Estados Unidos. 

No mundo, em 2013, foram realizadas cerca de 1 milhão e 800 mil cirurgias de prótese de silicone. Mesmo com a  alta adesão, a maioria das mulheres que procuram este tipo de cirurgia plástica ainda têm diversas dúvidas sobre o procedimento.  A Revista da Mulher consultou especialistas para conhecer quais são as perguntas mais comuns nas consultas sobre este tema. 

“É claro que, para a maioria das perguntas, a resposta é diferente para cada paciente, e por isso existe a necessidade de uma consulta e exame físico detalhado. O desejo da paciente e a expectativa dela contam muito na decisão médica”, orienta a Dra. Monica Okamoto, cirurgiã plástica e membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP).

Prótese de silicone: dúvidas mais comuns

1- Qual tamanho devo colocar? 

Antes de escolher o tamanho, deve-se levar em conta o peso e altura, assim como o tamanho das mamas antes da cirurgia. Medidas de base das mamas, largura dos ombros e pele sobrando ou não nos seios já são suficientes para direcionar médico e paciente na escolha de um  tamanho mais próximo do ideal. 

2- Formato redondo ou em gota? 
“Hoje temos pelo menos 20 modelos de prótese de silicone, falando somente em projeção e a proporção base versus altura, sem contar os tamanhos (em volume) de cada modelo”, diz a médica. Portanto, não é difícil personalizar o melhor formato para cada paciente. Detalhes como  a altura da implantação das mamas, distância do mamilo para o sulco e para o ombro são também alguns dos fatores que nos orientam para a melhor escolha”, completa a Dra. Monica.

3- Na frente ou atrás do músculo?
No pré-operatório,  o médico fará uma avaliação da quantidade de tecido mamário “disponível” para dar cobertura ao implante.  Atividades físicas habituais devem ser levadas em conta na hora dessa a escolha, para identificar a sobrecarga que a região onde será colocada a próteses de silicone.

4- Posso amamentar depois?
“Não podemos dar essa resposta com certeza. Há pacientes que não conseguem amamentar mesmo sem cirurgias nas mamas. O que podemos responder é que, via de regra, nada impede a amamentação depois da colocação de uma prótese”, esclarece a Dra. Monica Okamoto.  Mas a médica alerta sobre cuidados para não exagerar nos volumes, que podem causar o esgarçamento dos tecidos ou técnicas que deixam cicatrizes nas aréolas e podem comprometer o aleitamento futuro. 

5- Onde ficam as cicatrizes?
As principais técnicas deixam as cicatrizes no sulco mamário, na axila ou ao redor das aréolas. 

6- Preciso trocar as próteses depois de 10 anos? 
Não necessariamente. A tecnologia na fabricação das próteses de silicone evoluiu muito nos últimos anos e as principais causas em que a substituição é necessária são a contratura capsular, ruptura ou presença de implantes muito antigos. Exames clínicos e de imagem são fundamentais para detectar essa necessidade.

7- Quais são os riscos de rejeição?
Segundo a Dra. Monica, rejeição não é a palavra certa. “Toda a prótese forma ao redor de si uma espécie de invólucro, que a separa do restante do tecido mamário, que é a tão famosa ‘cápsula’  (resultado da ação de defesa do organismo, na qual o sistema imunológico desenvolve uma fibrose sobre o implante)”, diz a cirurgiã plástica.

O que pode ocorrer é um fenômeno conhecido como contratura capsular, que, a depender de sua intensidade e sintomas, deve ser tratado com a remoção ou substituição do implante.  “Todas as medidas eficazes na prevenção da contratura são tomadas de praxe pelos cirurgiões plásticos e pelos fabricantes idôneos”, tranquiliza a médica. 

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