Tudo o que você precisa saber sobre a Dieta Fodmap
A dieta Fodmaps consiste em eliminar determinados tipos de alimentos que causam desconfortos gastrointestinais
Após as refeições, algumas pessoas sentem um desconforto intestinal muito grande, que se traduz em cólicas, gases, ou diarreias. Se isso acontecer frequentemente, é bom ficar atento, pois pode se tratar de intolerância aos alimentos com muito fodmap.
Esse termo é a sigla em inglês para Oligossacarídeos, Dissacarídeos, Monossacarídeos e Poliois Fermentáveis, que são carboidratos presentes em uma grande variedade de alimentos.
“O problema é que esses elementos são pouco absorvidos pelo intestino delgado e podem causar intolerâncias alimentares”, comenta Roberto Debski, médico e diretor da Clínica Ser Integral, em Santos. A Síndrome do Intestino Irritável, por exemplo, tem sintomas que melhoram muito com a redução do consumo dos carboidratos fodmaps.
Isabella Vorccaro, nutricionista funcional e membro da Sociedade Brasileira de Nutrição e Estética, ressalta que, apesar de provocarem problemas digestivos, esses alimentos não são alergênicos. “Os fodmaps, na verdade, provocam fermentação, irritação e intolerância e não propriamente alergias”.
Os alimentos que contém grande quantidade desses carboidratos são:
- frutose (frutas, mel, xarope de milho de alta frutose),
- lactose (laticínios),
- frutanos (trigo, alho, cebola, inulina, etc),
- galactanos (leguminosas como feijão, lentilha, soja, etc.),
- polióis (adoçantes contendo isomaltol, manitol, sorbitol, xilitol e frutas de caroço, como abacate, damascos, cerejas, nectarinas, pêssegos e ameixas).
A Dieta Fodmap
O plano alimentar funciona da seguinte maneira: os alimentos ricos em fodmaps devem ser eliminados do cardápio pelo tempo de 6 a 8 semanas. “Se não houver melhora dos sintomas no final da dieta, deve-se descontinuar o plano”, ensina Thaís Barca, nutricionista clínica e esportiva da CliNutri, em São Paulo.
Após o período de exclusão, é indicado reintroduzir os alimentos ricos em fodmaps para avaliar o grau de tolerância alimentar de cada um. “A reintrodução deve ser feita em porções pequenas e de maneira isolada, para poder identificar os alimentos causadores dos sintomas e, assim, retirá-los por definitivo do cardápio”, esclarece Thaís.
Para conhecer mais detalhadamente quais são os alimentos mais e menos ricos em fodmaps, Laís Murta, nutricionista funcional e clínica, de São Paulo, apresentou a tabela abaixo da Universidade Monash, na Austrália: