Conheça os benefícios do azeite e aprenda a inclui-lo na dieta
O uso do azeite na rotina alimentar pode trazer diversos benefícios ao organismo, como a redução do colesterol ruim, do risco de infarto e derrame
Seja na hora de temperar a salada, ou preparar um prato mais elaborado, o azeite de oliva é um ingrediente curinga (e muito saudável). Este óleo, extraído da azeitona, é fonte de vitamina E, um potente antioxidante que inibe a síntese do colesterol ruim e evita a oxidação celular, contribuindo para maior sobrevida de células saudáveis no organismo.
“Isso significa que o azeite auxilia na redução de LDL (colesterol ruim) do organismo, além de diminuir o risco de infarto ou de acidente vascular cerebral (AVC). O consumo regular do líquido reduz a formação de placas de ateroma nas paredes dos vasos sanguíneos. Sem esquecer que ele também possui propriedades anticancerígenas, anti-inflamatórias e diminui a pressão arterial”, explica Isabella Correia, nutricionista da Clínica La Prath, no Rio de Janeiro.
O ingrediente também apresente benefícios para a beleza da pele. Rico em polifenóis, substâncias que reduzem a formação dos radicais livres, o azeite contribui para retardar o envelhecimento da pele. “Alguns povos mediterrâneos utilizam o produto em cosméticos, como ingrediente na formulação de cremes para a pele”, acrescenta a nutricionista.
Os tipos de azeite
Existem quatro versões diferentes do azeite: extravirgem, virgem, virgem lampante e refinado. “O extravirgem é considerado o melhor para o consumo, pois é extraído de primeira prensa a frio, e este processo preserva totalmente a integridade do azeite e seus benefícios”, esclarece Sabina Donadelli, nutricionista, de São Paulo.
Os azeites lampantes e refinados destinam-se exclusivamente ao uso industrial. Já o virgem pode ser usado na limentação, porém, tem o sabor menos apurado em comparação com o extravirgem e é mais ácido, o que reduz um pouco a eficácia dos seus benefícios.
Na hora de cozinhar
Muitas pessoas acreditam que o azeite de oliva perde suas propriedades benéficas ao ser aquecido e prefere outros tipos de óleos – mais baratos, porém com muita gordura – na hora de grelhar uma carne ou refogar legumes.
Um estudo da Associação Brasileira de Nutrologia, publicado no International Journal of Nutrology, entretanto, apontou que o azeite apresenta pequenas perdas do seu poder antioxidante quando colocado em altas temperaturas.
“Um azeite aquecido em forno por cerca de uma hora perde em torno de 7% de seus polifenóis. Cada vez que o óleo é requentado, vai perdendo mais dos antioxidantes, mas o que resta ainda está ativo. Em outras palavras, mesmo o azeite perdendo parte de suas propriedades ao ser aquecido, ele ainda é uma boa alternativa”, esclarece Sabina.
Mas quando o assunto são as frituras, ou seja, a imersão total do alimento no azeite, ainda existem algumas contradições, por isso, é melhor evitar o consumo desse tipo de preparação, ou, então, optar pelo óleo de canola, que solta menos compostos tóxicos na hora do cozimento.
Uma ótima dica de consumo do azeite é utiliza-lo como substituto da manteiga ou margarina para passar no pão. “A sugestão é congelar esse óleo. Coloque-o em um potinho e deixe no congelador. Se desejar, utilize ervas para temperar”, ensina Isabella.
Quantidade e uso excessivo
E para conseguir atingir tantos benefícios à saúde, bastam apenas 2 colheres de sopa por dia. “Porém, é indispensável o auxílio de um profissional nutricionista para explicar melhor como o óleo se encaixa na dieta de cada um”, pondera Paola Lisbôa, nutricionista da RT Médicos, no Rio de Janeiro.
Como o azeite é calórico (1 colher de sopa tem 108 kcal), seu consumo em excesso pode levar ao aumento de peso, assim como causar diarreia e cólica, embora a tolerância varie de pessoa pra pessoa.
“Esse óleo é composto por 80% de ômega 9, e essa gordura em excesso faz mal para o organismo. Ela deve estar em menor quantidade na comparação com os ômegas 6 e 3, sendo este último o mais importante e benéfico para o organismo”, finaliza Paola.