Adoçante: saiba mais sobre esse substituto do açúcar

Os edulcorantes, como também são chamados, vêm sendo usados por quem quer reduzir o consumo energético e manter um peso saudável

Adoçantes substituem o açúcar em dietas que restringe o consumo do alimento.


Quando o assunto é dieta, um dos primeiros vilões que imediatamente é riscado do cardápio é o açúcar branco, pois ele aumenta (e muito!) o risco de diabetes, obesidade e outras doenças como câncer. Sendo assim, o adoçante surge como uma opção para substituí-lo.

Com várias opções de escolha, como sucralose, aspartame, estévia, entre outros, a nutricionista Patrícia Cruz explica o que é, de fato, o adoçante. Segundo ela, o produto, também conhecido pelo nome de edulcorante, pode ser definido como um aditivo alimentar que dá sabor doce aos alimentos

Os adoçantes foram criados, primeiramente, para indivíduos que necessitem de alimentos com fins especiais, como no caso de quem tem diabetes tipo 1 e 2, e precisa controlar ou eliminar a ingestão de açúcar. “Contudo, o adoçante vem sendo usado por uma grande parcela da população com o objetivo de reduzir o consumo energético e fazer a manutenção do peso saudável”, explica Patrícia.


Adoçante sem exagero

Segundo a especialista, este uso do adoçante não chega  a representar um problema, mas é preciso tomar cuidado: “De modo geral, qualquer pessoa pode consumir edulcorantes, mas dentro das recomendações de quantidade”, afirma a nutricionista.

Patrícia também desmente estudos que já tentaram relacionar o uso de adoçantes ao desenvolvimento de câncer. “Os dados não mostraram fortes correlações, mas, sua ingestão não deve ultrapassar o limite diário recomendado”, explica a especialista em nutrição. 

O órgão que regulamenta a alimentação e os medicamentos nos Estados Unidos, o Food and Drug Administration (FDA) recomenda que o consumo diário de adoçantes seja restrito e sem exageros, a fim de evitar possíveis efeitos colaterais causados pela composição química de cada um.

Os tipos de adoçantes mais comuns

Confira a seguir os principais tipos de adoçantes presentes no mercado e qual a recomendação diária de cada um:

Sacarina. Derivado da naftalina, apresenta capacidade de adoçar 400 vezes mais que o açúcar. É absorvido lentamente pelo tubo intestinal e rapidamente excretado pelos rins. Apresenta sabor residual amargo, por este motivo é sempre utilizado associado principalmente ao ciclamato de sódio. Ingestão diária aceitável (IDA) = 5 mg/kg/dia;

Aspartame. Com sabor semelhante ao do açúcar, sua capacidade de adoçar é de 180 a 200 vezes maior. Portanto, mesmo adicionado aos alimentos, mantém baixo valor calórico. Ingestão diária aceitável (IDA) = 40 mg/kg/dia. Estudos já mostraram que este tipo de adoçante pode causar efeitos colaterais, como dor de cabeça. Também vem sendo associado a ataques de pânico, alterações de humor, episódios de mania e alucinações visuais. Não é indicado para gestantes;

Sucralose. Tem uma capacidade de adoçar bem grande, 600 vezes maior do que a do açúcar. É isento de calorias. Não é indicado para quem tem problemas na tireoide, pois contém cloro em sua composição (que compete com o iodo). Ingestão diária aceitável  (IDA) = 15 mg/kg/dia;

Estévia. Extraído de uma plante denominada Stévia Rebaudiana Bertoni, apresenta capacidade de adoçar 300 vezes mais que o açúcar e é isento de calorias. É considerado um dos adoçantes mais saudáveis, porém seu sabor é amargo residual. Ingestão diária aceitável  (IDA)  = 5,5 mg/kg/dia;

Frutose. É um monossacarídeo abundante na natureza. Como adoçante natural, seu poder de adoçar é 170 vezes maior do que o do açúcar. Alguns estudos associam o excesso de frutose à elevação de triglicerídeos. Não é recomendado para diabético e, segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Não tem restrições quanto à ingestão diária aceitável (IDA), mas não deve ser ingerido por quem tem índice de triglicerídio alto.

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