Estrogênio: a importância do hormônio no corpo feminino

O estrogênio é o hormônio sexual da mulher que tem funções importantes no organismo, por isso, deve estar sempre com os níveis equilibrados

O estrogênio tem como principal função desenvolver as características feminina, mas não é somente isso. © iStockphoto.com/Poike

O corpo humano funciona corretamente quando todos os elementos estão equilibrados. E isso inclui os hormônios, substâncias responsáveis por nivelar as funções biológicas do organismo. No caso das mulheres, entre a grande lista de hormônios, encontra-se um que é de extrema importância: o estrogênio

Hormônio sexual feminino, o estrogênio é produzido principalmente pelos ovários, e tem funções importantes, como o desenvolvimento das características sexuais femininas (tamanho dos seios, textura e brilho da pele), além de regularizar o ciclo menstrual e preparar o útero pra a gravidez.

“Também auxilia no crescimento durante a puberdade, e na vida adulta, atua preservando a massa óssea, a coagulação sanguínea, e melhorando o perfil lipídico e o humor”, aponta Giovanna Carpentieri, endocrinologista, de São Paulo.

Altos níveis de estrogênio

E para conseguir tal feito, é preciso que o estrogênio esteja com os seus valores equilibrados no organismo. Porque caso contrário,  quando o nível do hormônio está alterado, pode causar diversos problemas.

“Quando o estrogênio está alto, por exemplo, pode levar a retenção de líquido, inchaço nas mamas, irregularidade menstrual, dores de cabeça, aumento de peso com acúmulo principalmente de gordura abdominal, extremidades frias, queda de cabelo, perda de memória, insônia, fadiga, além de aumentar a incidência de alguns tipos de câncer”, alerta Aleteia Cassaroto, endocrinologista da Clínica Fares, em São Paulo.

Agora, quando os níveis de estrogênio estão baixos, as consequências são outras: 

  • ansiedade;
  • instabilidade emocional;
  • depressão;
  • pouca concentração;
  • perda de memória;
  • fadiga;
  • insônia;
  • dores de cabeça ou enxaquecas;
  • aumento de dores nas costas e nas articulações;
  • ondas de calor e suor durante o dia e noite;
  • olhos, pele e vagina secos;
  • redução da libido;
  • infecções vaginais ou da bexiga;
  • relações sexuais dolorosas.

A menopausa também é um fator importante para a redução do estrogênio. Afinal, nesse período ocorre a diminuição da função ovariana, com consequente redução nos níveis de estrogênio e progesterona.

“Essa queda é determinada por fatores genéticos, mas também por fatores ambientais, como idade da primeira menstruação, paridade, uso prévio de anticoncepcionais, índice de massa corporal e antecedentes familiares”, afirmaAleteia.

Como equilibrar o estrogênio?

Para quem está com baixa do hormônio, a primeira dica é parar de fumar. “O cigarro pode causar efeitos negativos no sistema endócrino, limitando a capacidade do corpo de produzir estrogênio de maneira eficaz”, esclarece Giovanna. Além disso, também é indicado realizar atividades físicas, mas sem exageros. 

Reduzir a ingestão de açúcar é mais do que necessário, porque o alimento pode levar a um desequilíbrio hormonal no corpo. Dica: mude a dieta e passe a usar grãos integrais e menos carboidratos.

Também invista no consumo de alimentos, como leguminosas (grãos de soja, ervilhas, feijão), frutas (cranberry (oxicoco), ameixas e damascos), ervas (orégano, sálvia, alcaçuz e acteia), semente de linho e verduras. “Esses alimentos são ricos em fitoestrógenos, substâncias que ajudam no aumento do estrogênio”, aponta a endocrinologista. 

Reduzindo as taxas

Já para quem está com alta do hormônio e precisa diminuir, a principal ação é fugir da exposição aos xenoestrogênios. “Essas substâncias químicas artificias tóxicas são encontradas em plásticos, agrotóxicos, pesticidas, solventes e outros produtos químicos, e têm ação semelhante ao estrogênio natural, aumentando a produção no organismo”, conta Aleteia. 

Portanto, o melhor é comer alimentos orgânicos. Além disso, é bom limitar a ingestão de leites e seus derivados. Isso porque cerca de 80% do estrogênio da dieta vem desses alimentos. “Prefira leites de amêndoa ou de arroz”, finaliza a endocrinologista.

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