Osteopatia é a opção para quem busca alternativa à medicina tradicional
A técnica usa movimentos manuais que livram o paciente das tão incômodas dores musculoesqueléticas
Foi em 1874 que o médico americano Andrew Taylor Still criou a chamada osteopatia, técnica que busca a cura de dores musculoesqueléticas com diagnóstico e tratamento próprios. De lá para cá, a osteopatia evoluiu, ganhou muitos adeptos e hoje é considerada uma alternativa à medicina tradicional.
“O objetivo da técnica nada mais é do que livrar o corpo das dores musculoesqueléticas, por meio de técnicas manuais sobre os músculos, fáscias, ligamentos, sistema neural, visceral e vascular”, explica Walkyria Vilas Boas Fernandes, fisioterapeuta com certificado em osteopatia pela Escuela de Osteopatia de Madrid.
Osteopatia vai direto na dor
E essas técnicas manuais são movimentos específicos, com o intuito de mobilizar ou manipular as articulações. “Também podem ser realizadas contrações e relaxamentos musculares”, esclarece Fernando Eduardo Zikan, fisioterapeuta e professor de terapia manual pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Vale ressaltar, que, de acordo com Walkyria, a osteopatia não trata doenças, mas sim o paciente. “É feita uma avaliação para buscar a causa do problema, que geralmente é a dor. Porém, de modo geral, os pacientes que mais procuram a osteopatia são aqueles com queixas de dores na coluna vertebral, como lombalgia e cervicalgia”, completa.
Por isso, segundo o Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (Coffito), o único profissional habilitado a realizar esse tipo de técnica é o fisioterapeuta.
Existe contraindicação?
Para quem passou por fraturas ortopédicas, degeneração articular, osteoporose, ou artrite reumatoide, por exemplo, algumas técnicas de manipulação vertebral da osteopatia não são indicadas.
“O profissional, ao avaliar o paciente, consegue identificar as potencialidades e fragilidades de seu sistema corporal. A partir daí, elege o conjunto de técnicas que vai trabalhar, respeitando assim as indicações e contraindicações para o tratamento”, aponta Zikan.
E mesmo a osteopatia sendo uma alternativa à medicina tradicional, em alguns casos, ela não pode substituir o tratamento médico, mas sim servir como uma técnica a mais, além da terapia indicada pelo profissional da medicina alopática.