Saiba mais sobre o TOC, doença que atrapalha a vida social e os relacionamentos
O transtorno obsessivo compulsivo, também conhecido como TOC, transforma a vida dos pacientes em um incômodo ritual de manias. Mas tem tratamento
Doença que atrapalha a vida social e os relacionamentos interpessoais, o TOC – Transtorno Obsessivo Compulsivo – acomete cerca de 3% da população mundial. Algumas celebridades são conhecidas por terem assumido em público serem portadoras do transtorno. Entre os famosos, o cantor Roberto Carlos e a atriz e modelo Luciana Vendramini foram alguns exemplos de artistas que trouxeram a público o sofrimento com a doença.
Por definição, o TOC é um transtorno mental caracterizado pela presença de pensamentos ou comportamentos repetitivos que, quase sempre, produzem muito incômodo ao indivíduo. Estas ações que popularmente se chama de ‘manias’, podem ser acompanhados ou não por atos ou rituais compulsivos.
“Há pacientes que descrevem que um pensamento obsessivo invade as ideias e se repete de maneira incessante, muitas vezes levando a pessoa a executar compulsivamente algum ato com o intuito de aliviar o sofrimento”, conta o Dr. Celso Garcia Jr médico coordenador da área de saúde mental da Faculdade de São Leopoldo Mandic de Campinas.
Os sinais de TOC
Entre os exemplos de rituais que caracterizam o TOC está o excesso de checagem, quando a pessoa verifica dezenas de vezes se a porta está fechada, ou a lâmpada apagada, entre outros. O principal sintoma de TOC é justamente a execução repetitiva de rituais e atos afim de resolver a obsessão.
Estes atos repetitivos consomem um tempo expressivo na vida do indivíduo e, muitas vezes, o impede de fazer determinadas atividades do seu dia-a-dia, comprometendo a vida ocupacional, familiar e social.
“O espectro de sintomas é grande, como por exemplo, lavagem compulsiva de mãos, preocupação exagerada com a ordem e simetria, armazenamento de objetos e dificuldade de descartá-los, etc. Não existe uma hierarquia de sintomas. A gravidade deles depende do quanto eles interferem na vida dos doentes”, explica Camila Aloisio Alves, psicóloga e professora da Faculdade de Medicina de Petróplis.
Tratamento: TOC tem cura?
Segundo os especialistas, cada caso de TOC precisa ser analisado individualmente, a fim de estabelecer o modo terapêutico mais adequado ao paciente. A combinação de tratamentos médico (psiquiátrico) com terapias (psicológico) tem sido apontada como a ideal para um melhor resultado na busca pelo controle do transtorno.
Em casos moderados e graves, é necessário o uso de medicamentos antidepressivos e o acompanhamento psicológico adequado. Em casos leves, geralmente indica-se o apenas o tratamento psicoterápico. Quando o paciente não é adequadamente tratado, o TOC pode provocar grande comprometimento na qualidade de vida do paciente e de seus familiares.
“Na medida em que o indivíduo que tem TOC tenha acompanhamento médico e psicológico, ele passa a entender o porquê dos sintomas e como resolvê-los. Assim, a chance de se ter uma vida sem ser refém da doença é enorme. Mas isso requer um acompanhamento permanente e a longo prazo”, orienta a psicóloga Camila Aloisio Alves.
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