Ácido fólico: saiba porque é recomendado para as grávidas
A vitamina é recomendada para gestantes nos primeiros três meses de gravidez para, principalmente, evitar anemia
As primeiras semanas de gravidez marcam o momento em que se inciam os cuidados específicos que vão assegurar uma gestação saudável. Entre as recomendações para tratar das futuras mamães nesta primeira fase, está a prescrição do ácido fólico.
“Há estudos que comprovam a eficácia do ácido fólico para evitar o quadro de anemia na mulher, através do equilíbrio dos glóbulos do sangue”, diz o médico obstetra e ginecologista, Marino Pravatto Júnior.
Segundo levantamento da Organização Mundial de Saúde (OMS), estima-se que 41,8% das gestantes em todo o mundo sejam anêmicas. E pelo menos metade desses casos são resultado de deficiência de ferro.
Ácido fólico recomendado pela OMS
Diante deste quadro, a OMS passou a indicar o uso da suplementação de ferro e ácido fólico em gestantes, como medida de saúde pública para melhorar as condições da gestação em todo mundo.
“A grávida é mais propensa a ter anemia em função do estresse metabólico e das alterações de proteína, causada pela verdadeira revolução do metabolismo e do organismo para se gerar uma criança”, explica o obstetra.
A anemia na gravidez pode prejudicar o desenvolvimento do feto e levar a uma má formação congênita. A principal causa é o fato de que a anemia prejudica a passagem de nutrientes da placenta da mãe para o bebê, deixando-o com baixo peso.
Ácido fólico fora da gravidez
Existe uma corrente de automedicação, amplamente difundida pelas redes sociais, que recomenda o uso de ácido fólico mesmo sem estar grávida. Seria para já ‘fortalecer’ o organismo e favorecer a fecundação.
“Isso não tem fundamentação científica. Usar o ácido fólico fora da gravidez vai fazer ele ser eliminado via renal e apenas vai sobrecarregar os rins”, alerta o Dr. Marino Pravatto.
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