Dia Internacional da Mulher: veja 10 brasileiras atuantes no feminismo
A luta pela igualdade de gêneros se expande pela internet e dá cada vez mais voz a mulheres
Durante os anos 1980, o termo feminista era o título que algumas mulheres ligadas à luta contra o machismo e pela igualdade entre gêneros carregavam. Não importava se eram sociólogas, sexólogas, jornalistas, deputadas ou professoras. Quem entrasse em campo na defesa das mulheres, logo recebia a chancela. Passaram-se três décadas e o termo caiu em desuso, mas começa renascer agora.
Com o feminismo se propagando através da força da internet, A Revista da Mulher homenageia o Dia Internacional da Mulher relembrando 10 brasileiras que através da propagação de seus trabalhos, discursos feministas, hashtags, declarações, depoimentos e protestos contra salários mais baixos para mulheres, tomaram as redes contra o machismo, o preconceito e a desigualdade de gêneros.
Confira a lista.
Copyright fotos: Bianca Luisi / Divulgação e João Miguel Junior / Divulgação / TV Globo
Julia Tolezano (Jout Jout Prazer)
Dona do canal Jout Jout Prazer no YouTube, Julia Tolezano usa seu espaço na rede social para falar de violência íntima contra mulheres em linguagem simples, atingindo em cheio o público jovem. Com mais de 700 mil seguidores, ficou mais conhecida pelos vídeos “Não tira o batom vermelho” e “Vamos fazer um escândalo”, ajudando a jogar luz sobre temas delicados como a culpabilização da mulher em relação ao assédio sexual e também às relações abusivas.
Copyright foto: Reprodução / YouTube
Taís Araújo
Após protagonizar o seriado da TV Globo Mister Brau, a atriz foi comparada, junto com seu marido e também ator Lázaro Ramos, ao casal Beyoncé e Jay Z pelo jornal inglês The Guardian. Taís foi vítima de racismo nas redes sociais, denunciou seus agressores e não se deixou intimidar, virando um dos símbolos da resistência ao machismo e racismo no país. Atualmente está em cartaz com a peça O Topo da Montanha, sobre o ativista americano Martin Luther King Jr.
Copyright foto: João Miguel Junior / Divulgação / TV Globo
Nana Queiroz
A jornalista é autora do livro Presas que Menstruam: a brutal vida das mulheres - tratadas como homens - nas prisões brasileiras. Também foi a mentora de um dos movimentos feministas pela internet o Não Quero ser Estuprada, além de ser a criadora da revista eletrônica feminista Az Mina.
Copyright foto: Reprodução / Facebook
Clarice Falcão
A ex-integrante do grupo Porta dos Fundos tornou-se mais uma representante do novo feminismo ao fazer um vídeo com uma versão do hit americano Survivor, da banda Destiny’s Child. A atriz e cantora tocou no ponto dos abusos e violência contra mulheres, levantando a bandeira da resistência feminina, a qual se refere a letra da canção.
Copyright foto: Bianca Luisi / Divulgação
Giovanna Dealtry
Professora de literatura, escritora e crítica literária, Giovanna trabalha, no momento, em um projeto para transformar em livro o movimento #MeuPrimeiroAssédio. A hashtag surgiu após comentários sexualizados sobre uma menina participante do reality show Masterchef Jr, deixando claro o quanto a pedofilia está latente na sociedade.
Copyright foto: Reprodução / Facebook
Anna Muylaert
Diretora do filme Que horas Ela Volta? - sucesso de bilheteria estrelado por Regina Casé - que levantou importantes discussões no país em torno do sistema patronal e a realidade estilo 'Casa Grande e Senzala', ainda existente na estrutura do trabalho doméstico no Brasil.
Copyright foto: Aline Arruda / Casé Assessoria / Divulgação
Elza Soares
A cantora, de 78 anos, nunca parou de trabalhar. Mas no ano passado surpreendeu a todos lançando um disco somente com músicas inéditas. Muito elogiado pela crítica e pelo público, o álbum intitulado A Mulher do Fim do Mundo logo virou um dos ícones do novo movimento feminista brasileiro. Além de ser a prova da vivacidade, capacidade produtiva e da beleza na maturidade, as músicas tratam de temas como sexo, violência contra a mulher, machismo e até sobre transgêneros.
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Ju Romano
Quem poderia imaginar algum dia fotos de uma modelo gorda e sem tratamento de imagem, na capa de uma das mais conceituadas revistas femininas mundiais? Em maio de 2015, a modelo plus size Ju Romano ilustrou a Elle brasileira. Ju tem se destacado pelo seu trabalho de conscientização sobre a beleza de mulheres fora dos padrões vigentes de magreza. É considerada a representante da autoestima das mulheres acima do peso no Brasil.
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Maria Júlia “Maju” Coutinho
A jornalista virou a primeira garota do tempo negra do Jornal Nacional, da Rede Globo, em abril de 2015. Mas sua estreia não foi só motivo de comemoração. Assim como aconteceu com Taís Araújo e outras celebridades negras, Maju também alvo de ofensas racistas nas redes sociais. O caso mobilizou os usuários e seus próprios colegas de trabalho, que repudiaram publicamente as agressões, transformando a jornalista em um dos símbolos contra o crime de racismo.
Copyrigjht foto: Leo Franco / AgNews
Letícia Sabatella
Atriz e cantora, Letícia Sabatella costuma fazer seus posicionamentos políticos e ideológicos, publicamente. Suas principais bandeiras são a defesa da ecologia, direitos humanos e conquistas femininas. Teve coragem de contar um caso de tentativa de abuso quando tinha 12 anos, participando da campanha #MeuPrimeiroAssedio nas redes sociais.
Copyright foto: Raphael Castello / AgNews
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