Calor aumenta chances de contrair otite externa
A inflamação pode causar secreção, coceira, inchaço do canal do ouvido além de perda parcial e temporária da audição
Uma das infecções de ouvido mais comuns é a otite. Se for externa, ataca principalmente a pele do canal auditivo. De acordo com José Ricardo Gurgel Testa, otorrinolaringologista do Hospital Paulista, esse tipo de otite é mais comum no período de calor. “No verão, tomamos mais banhos e usamos mais piscinas e praias. Com isso, no momento da secagem do canal auditivo, normalmente ocorrem os traumas e surgem as infecções”, explica.
Ainda segundo o especialista, no calor, o equilíbrio das funções protetoras da pele do canal auditivo são quebradas. Isso porque os ouvidos, com o acúmulo de água na região - provocado por idas à piscina e ao mar - juntamente com a exposição ao sol, tornam-se um ambiente propício para que os fungos e as bactérias presentes na água se proliferem.
Os sintomas mais comuns da otite externa são dores na região da orelha e no canal auditivo que pioram com o toque, podendo acompanhar perda parcial e temporária da audição e secreção, além de coceira e inchaço.
Diagnóstico e tratamento
Diagnosticada pelo médico através dos sintomas e de um exame físico, a otite externa não costuma evoluir para quadros mais graves, com exceção de pacientes diabéticos ou que fazem tratamentos com imunossupressores, como quimioterapia, corticoterapia, entre outros. Nestes casos, explica José Ricardo, a infecção pode ser bem mais grave e atingir o osso temporal, por isso, apenas o exame físico não é suficiente, necessitando de diagnóstico mais elaborados.
O tratamento da otite externa, nos casos mais comuns, se baseia na limpeza do canal auditivo, além de antibióticos locais, antinflamatórios e analgésicos. Ainda de acordo com o otorrinolaringologista, para evitar tais contratempos, também é possível prevenir a inflamação.
“A dica é não manipular o canal auditivo externo para não retirar a proteção natural do cerume e não provocar escoriações, que facilitariam a contaminação", explica o médico. Desta forma, o ideal é jamais introduzir hastes flexíveis ou outro tipo de objeto no canal auditivo externo e nunca pingar nada além dos remédios indicados pelo médico.
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