Microcefalia: Ministério da Saúde confirma relação com Zika vírus

Depois de muitas especulações, o Ministério da Saúde confirmou que a contaminação pelo Zika vírus pode ser a causa do aumento meteórico de casos de microcefalia no Nordeste brasileiro. Até mesmo a Organização Mundial da Saúde  (OMS) reconhece que há conexões entre o Zika e as ocorrências de malformação em bebês,  que cresceram drasticamente no país nos últimos meses. Estados como o Maranhão e Rio de Janeiro que antes não estavam na rota das contaminações já entraram na lista.

Somente nos últimos dias, subiu para 16 o número de recém-nascidos com microcefalia no Maranhão. O Rio de Janeiro constatou neste ano 21 casos em bebês, sendo que 18 crianças já nasceram e três tiveram a identificação intrauterina. No Nordeste, a situação é bem mais crítica, com centenas de casos confirmados em Pernambuco, Rio Grande do Norte, Paraíba e também Ceará. 

O governo confirmou a relação entre o Zika e a microcefalia após os resultados de exames feitos em um bebê, que revelaram a presença do vírus em amostras de sangue e tecido. Segundo o Ministério, a conclusão é que a situação é “inédita na pesquisa científica mundial” e que as autoridades estão empenhadas em investigar mais a fundo e descobrir qual o período de maior vulnerabilidade para as gestantes. Em análise inicial, o risco está associado aos três primeiros meses de gravidez. 

Com estes números e a chegada do verão, onde há maior incidência de casos de Zika, mas também de dengue e chikungunya, que são transmitidas pelo Aedes aegypti, a expectativa é que as ações nacionais contra o inseto sejam redobradas. Para as grávidas, a recomendação é tomar muito, mais muito cuidado para evitar picadas de mosquito, especialmente no início da manhã e final da tarde. Além disso, é importante evitar o consumo de álcool e drogas durante a gravidez e realizar todos os exames de pré-natal.