Após casos de microcefalia, Ministro da Saúde desaconselha gravidez agora
Aumento na incidência em malformação de bebês pode estar relacionada a contaminação por Zika vírus
"Sexo é para amadores, gravidez é para profissionais". Com essa declaração, o Ministro da Saúde, Marcelo Castro, rebate as críticas sobre o aumento de casos de microcefalia no Brasil e reitera a necessidade da realização de pré-natal para as mulheres grávidas. Em três meses, o governo brasileiro registrou 399 de casos de recém-nascidos com microcefalia no país.
Exames feitos pela Fiocruz com líquido amniótico em dois bebês que nasceram com essa condição na Paraíba mostraram que houve infecção por Zika vírus durante a gestação. O Ministério da Saúde já se antecipou em dar explicações à população, informando que a contaminação pelo vírus pode ser a principal hipótese para explicar o aumento na incidência da malformação.
Zika vírus
O primeiro boletim epidemiológico divulgado pelo órgão sobre microcefalia mostrou que os casos se concentram na região Nordeste, com casos registrados em Pernambuco, Sergipe, Rio Grande do Norte, Piauí, Ceará, Bahia e também na Paraíba. No comunicado, o Ministério ressalta que ainda não é possível ter certeza sobre a causa deste crescimento nos sete Estados e que a possibilidade de infecções por Zika vírus estão sendo minuciosamente analisadas.
O Zika vírus é transmitido pelo mesmo mosquito da dengue, o Aedes aegypti e os sintomas são parecidos com essa doença, como febre alta, dor de cabeça e pelo corpo, náuseas, falta de apetite e diarreia. Não existe vacina contra este vírus e, por isso, a melhor prevenção ainda é o combate ao mosquito.
Cuidados na gestação
O ministro Marcelo Castro explicou que, neste momento, é preciso mais que nunca que os casais discutam com os médicos sobre uma gravidez dentro deste cenário. Para as gestantes, é importante manter o acompanhamento junto a profissionais de saúde e realização de todos os exames de pré-natal.
O Ministério da Saúde reforça ainda para as grávidas a orientação de não consumir de bebidas alcoólicas ou qualquer outro tipo de drogas além de medicamentos sem orientação médica e evitar contato com pessoas com febre ou infecções.
É importante também que as gestantes adotem medidas que possam reduzir a presença de mosquitos transmissores de doença, com a eliminação de criadouros. É aconselhável igualmente proteger-se da exposição de mosquitos: manter portas e janelas fechadas ou teladas, usar calça e camisa de manga comprida e utilizar repelentes permitidos.
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