Aumento de casos de microcefalia preocupa governo brasileiro
Governo decreta estado de emergência nacional por causa do crescimento na incidência da malformação dos bebês, especialmente no Nordeste
Microcefalia não é assunto novo, mas ganhou destaque no país por causa do aumento absurdo nos casos de bebês comprometidos com o desenvolvimento inadequado do cérebro. Especialmente em Pernambuco, no Nordeste no país. Em média, incidências de microcefalia no estado não passavam de 10 por ano: nos últimos quatro meses, foram confirmados 141 casos.
A situação ficou tão alarmante em todo Brasil que fontes do Ministério da Saúde, como o diretor do departamento de Vigilância de Doenças Transmissíveis, Cláudio Maierovitch, alertou às mulheres: “Não engravidem agora”. Foi criada uma força tarefa com inúmeros especialistas para investigar o crescimento assustador dos casos em Pernambuco.
Ainda não se sabe explicar o porquê deste aumento tão expressivo, já que essa malformação congênita pode estar associada a vários fatores como uso de drogas, abuso de álcool e remédios durante a gestação ou até mesmo por infecção de bactérias e vírus.
Os bebês afetados pela doença podem ter limitações motoras e cognitivas e apresentam um perímetro cefálico menor que o normal. Ou seja, enquanto a cabeça dos recém-nascidos geralmente mede entre 34 e 37 cm, os bebês com microcefalia nascem com a circunferência da cabeça igual ou menor que 33 cm.
Situação preocupante
Para amenizar os efeitos e melhorar a qualidade de vida dessas crianças, tratamentos são realizados desde os primeiros anos para favorecer o desenvolvimento motor e trabalhar as dificuldades de aprendizado. Nas ocorrências registradas em Pernambuco até agora, 53,9% dos bebês são meninas e a maioria, mais de 98%, nasceu de gestação única.
A força tarefa criada pelo Governo brasileiro vai cruzar informações das mães para tentar identificar o que há de similar entre elas e o que pode ter causado o aumento repentino de casos de microcefalia. Já existem relatos também sobre o mesmo ocorrido em outros estados como Paraíba e Rio Grande do Norte.
O Ministério da Saúde recomenda às gestantes que não usem medicamentos não prescritos por médicos e que façam um pré-natal completo, com todos os exames previstos para a fase de gestação.
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