Silicone com chip: saiba como esta novidade funciona
A nova tecnologia promete trazer mais segurança para as pacientes, pois o microchip é capaz de armazenar dados importantes sobre a prótese, como data de fabricação, modelo e tamanho
O implante de prótese de silicone nos seios é o segundo procedimento mais procurado pelas brasileiras, segundo dados da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica, perdendo apenas para a lipoaspiração. Sendo assim, o que não faltam são novidades nesta área, como o nova tecnologia do silicone com chip.
Um microchip instalado dentro da prótese promete trazer mais segurança para as pacientes, isto porque a peça é capaz de armazenar dados importantes sobre a produção do produto.
“A chegada desta tecnologia ao Brasil garante mais segurança não apenas para as pacientes, mas também para os médicos que poderão saber até a data de fabricação, o modelo e o tamanho da prótese, mesmo após anos depois do procedimento realizado", explica Ivanoska Filgueira, cirurgiã plástica da Corposição
A novidade evita um problema comum: na hora de substituir os implantes, muitas pacientes não conseguem dizer ao cirurgião a procedência do silicone que usam ou mesmo a data exata em que foi operada. Até então, este tipo de informações eram inseridas em uma carteirinha entregue à paciente, mas é recorrente a perda do documento, esquecimento ou ilegibilidade dos dados causada pela ação do tempo.
Apesar de ser utilizada na Europa há sete anos, o silicone com chip desembarcou há pouco tempo no Brasil e já recebeu registro da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Em Brasília, já é possível realizar a cirurgia com a nova tecnologia.
Como o chip funciona
Segundo Ivanoska, o chip de cobre revestido por vidro é posicionado dentro da prótese, mais próximo a borda para facilitar a localização no momento da leitura. Um aparelho portátil é responsável por ler as informações do microchip.
“A leitura é feita sem nenhuma intervenção cirúrgica e de forma totalmente não invasiva. Um leitor é posicionado sobre a pele, geralmente na parte inferior da mama, e em poucos segundos é realizada a consulta de todas as informações referentes à prótese como lote e data de fabricação”, explica a cirurgiã.
A novidade não oferece nenhum risco à saúde da paciente, e os benefícios do silicone com chip não devem parar por aí: já existem pesquisas em andamento com microchips que poderão fornecem informações como temperatura, pressão interna do implante e alterações químicas referentes ao silicone. Vai ser possível saber, por exemplo, se a prótese está íntegra ou rompida.
Quem gostou da novidade, precisa desembolsar um pouco a mais na hora de comprar a prótese. Segundo Ivanoska, atualmente o silicone com chip pode custar, em média, de R$2.400 a R$2.600, enquanto a normal custa de R$2.000, a R$2.200.