Para evitar a pré-eclâmpsia deve-se fazer pré-natal até o fim da gravidez
Conheça os principais sintomas da pré-eclâmpsia e como cuidar da doença sem prejudicar gestante ou bebê
A pré-eclâmpsia, ou doença hipertensiva da gravidez, é o aumento da pressão arterial durante a gestação, acompanhada de inchaço. O distúrbio pode ser classificado como leve, moderado ou grave dependendo dos níveis da pressão. A pré-eclampsia pode evoluir para a eclâmpsia, uma forma grave da doença, que põe em risco a vida da mãe e do feto.
O risco maior da pré-eclampsia são as convulsões, causadas pela alta da pressão, responsável por reduzir o fluxo de sangue no cérebro. “Essa é a principal causa de morte materna no Brasil atualmente. A pré-eclampsia é uma patologia que pode ser prevenida, desde que se consiga atuar precocemente”, orienta o ginecologista e obstetra Franco Loeb Chazan.
Pré-natal contra a pré-eclâmpsia
O diagnóstico da pré-eclâmpsia é feito durante o pré-natal e pode-se evitar a ocorrência da forma mais grave, antecipando-se o parto. Durante a gravidez, a pressão arterial sofre uma pequena queda no primeiro trimestre, aumenta no segundo trimestre e volta ao normal no terceiro.
Quanto mais precocemente a pressão na grávida aumenta, mais grave é o quadro e mais cuidado e controle são necessários. “É importante um pré-natal bem feito e bem controlado para, ao primeiro sinal de pré-eclampsia, já tomarmos os devidos cuidados e não deixarmos haver maiores consequências nem para a mãe, nem para o feto”, ressalta a médica ginecologista e obstetra Cristina Carneiro.
A hipertensão em gestantes tem uma incidência relativamente alta, que aumenta em alguns grupos específicos. Gestantes com mais de 35 anos, as primigestas (mulheres na primeira gestação) e as adolescentes estão mais propensas a desenvolverem o distúrbio.
Geralmente, a grande maioria dos casos de eclâmpsia e pré-eclâmpsia ocorre no oitavo ou nono mês de gestação. Por isso, é importante que a mulher saiba que não existe alta do pré-natal.
“Infelizmente, algumas gestantes acreditam que, por estarem no final da gestação, não precisam mais voltar ao médico. Estão enganadas. É no último mês que o risco de pré-eclampsia aumenta, portanto, é o período em que elas mais necessitam de acompanhamento", alerta o médico obstetra Franco Loeb Chazan.
Sintomas e tratamento da pré-eclampsia
As gestantes que sofrem de pré-eclâmpsia ficam edemaciadas (inchadas) e apresentam sinais de perda de proteína pela urina (nesse caso, a urina faz mais espuma). Esse aparecimento de proteína ocorre um pouco mais tardiamente, mais para o final da doença.
A primeira indicação terapêutica é o repouso e o controle assíduo da pressão. Outro cuidado fundamental é seguir uma dieta hipossódica, com pouco sal. O controle de peso antes e durante a gravidez, também é importante. A obesidade não só pode causar infertilidade, como também aumenta o risco de pré-eclampsia.
Quando o quadro é leve, estes simples procedimentos já resolvem. Já nos quadros mais graves de pré-eclâmpsia, quando a pressão mínima atinge ou ultrapassa 11, a mulher precisa ser internada e tomar medicação hipotensora, para baixar a pressão arterial.
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