Goji berry: a frutinha milagrosa ajuda mesmo a emagrecer?

O National Health Service, serviço nacional de saúde do Reino Unido (NHS, na sigla em inglês), revelou que a goji berry, frutinha milenar cultivada na China e praticamente desconhecida no Brasil até o início desta década, pode não ser tão eficaz para emagrecer. A pesquisa no NHS não desmerece as propriedades da fruta, mas ressalta que, sozinha, ela não é capaz de fazer milagres. 

De acordo com os cientistas do instituto inglês, o grande problema é quando o mercado de suplementos alimentares e produtos naturais “traduz” um estudo científico como promessa de solução imediata.

O NHS trabalhou ao lado da Associação Dietética Britânica (BDA, na sigla e inglês) para investigar se muitos dos chamados superalimentos realmente trazem maiores benefícios para a saúde além do que a maioria dos alimentos pode dar. 

Segundo nutricionistas do BDA, os benefícios da goji berry são inconclusivos e não justificariam o custo da mesma, muito maior em comparação com a maioria das frutas e vegetais. Os cientistas britânicos ressaltam que a goji berry e seus derivados são vendidos como alimentos saudáveis, mas a evidência objetiva de seus benefícios para saúde, até agora, vem de estudos científicos baseados em extratos purificados do fruto, em concentrações muito mais altas do que os produtos comercializados contêm.

Em outras palavras, isso quer dizer que, para se alcançar o resultado identificado em laboratório, um indivíduo precisaria comer quantidades muito grandes de goji berry. E de acordo com nutricionistas, isso já derrubaria o mito de que a pequena fruta cultivada na China há mais de 600 anos ajudaria a emagrecer. 

Cada 100 gramas de goji berry desidratada contém cerca de 260 calorias e comer mais para alcançar os benefícios arruinaria qualquer dieta. O ideal mesmo é equilibrar e variar os alimentos, afirmam os cientistas ingleses.