Entenda mais sobre o refluxo, doença que pode atingir adultos e crianças
Especialistas explicam sobre os sintomas, causas e maneiras de cuidar desta doença crônica do trato digestivo
Transtorno cujo sintoma principal é a sensação de se regurgitar o alimento ingerido, o refluxo gastro-esofágico gastroesofágico, também chamado de DRGE, é uma doença crônica do trato digestivo, que ocorre quando o ácido estomacal - ou bile - flui pelo esôfago e irrita a mucosa gástrica.
“O refluxo esofágico ocorre em razão de uma falha do esfíncter esofágico interior, que funciona como uma válvula e impede o bolo alimentar do estômago retornar ao esôfago. O mal funcionamento no relaxamento desse esfíncter leva a pessoa a ter refluxo”, explica o endocrinologista e sócio do Mandala Senior Living, Dr. Tércio Rocha.
Em outras palavras, o refluxo acontece quando o bolo alimentar não segue o fluxo normal digestivo e volta para o esôfago - ou mesmo até a faringe. Muitas vezes a comida chega a ser expelida, causando engasgos, vômitos ou acidez e desconforto na garganta. Apesar de ser mais comum em crianças até dois anos e em idosos, o refluxo pode atingir também adultos.
Refluxo comum em bebês
A doença é caracterizada por retorno de conteúdo gástrico do estômago para o esôfago ou faringe, a qualquer momento do dia. Em adultos, algumas pessoas podem ter refluxo gastroesofágico provocado por uma hérnia de hiato, que é a profusão da parte do estômago para o tórax, através do orifício do diafragma.
No caso dos bebês, o fenômeno pode ocorrer por motivos normais da idade. É o chamado refluxo fisiológico que ocorre até os 5 ou 6 meses de vida. "As causas mais comuns são: excesso de ingestão de leite, distúrbios de mobilidade do esôfago, malformações esofágicas ou gástricas, posturas inadequadas para dormir (quando o bebê é colocado de barriga para baixo)”, explica o neuropediatra e um dos idealizadores do projeto Neuro Saber, Dr. Clay Brites
O refluxo também pode ser causado por problemas anatômicos ou funcionais na transição entre o esôfago e o estômago em qualquer idade. “Podendo levar a alterações no sono, no comportamento, anemia, perda de peso e risco maior de bronco aspiração durante o repouso”, completa o Dr. Brites.
Dicas para melhorar o refluxo
Segundo os especialistas, em alguns casos mudanças nos hábitos de vida são suficientes para que haja melhora no refluxo. Em outros casos, o tratamento é feito através de medicamentos que diminuem a quantidade de ácido produzido pelo estômago, melhorando a sensação de queimação.
Em conjunto com uma dieta alimentar, perda de peso e atividades físicas, os sintomas do refluxo costumam melhorar significativamente. Para uma melhor qualidade de vida aos pacientes que sofrem de refluxo, o recomendado é seguir algumas das dicas a seguir:
Adultos
- Não deite-se logo após as refeições, esperando de uma hora e meia a duas horas;
- Evite comer grandes quantidades de comida de uma vez só;
- Fique longe de bebidas e alimentos que contenham cafeína;
- Tire do cardápio frituras, pimenta, molho de tomate, sucos cítricos, álcool e cigarro.
Bebês
- Coloque a criança para deitar somente algumas horas após as mamadas;
- Faça com que durma em decúbito dorsal (de costas para o berço);
- Ofereça quantidades menores de alimento em caso da criança estar com alguma infecção.
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