HPV: entenda a DST que pode levar ao câncer
Doença sexualmente transmissível comum, o HPV pode levar a problemas mais graves se não for diagnosticado e tratado de maneira correta
O HPV é uma doença sexualmente transmissível causada pelo papilomavírus humano, sendo comum tanto em mulheres quanto em homens. De acordo com a ginecologista Rosa Maria Neme, diretora do Centro de Endometriose São Paulo, “coceira e verrugas na região genital são os principais sintomas (do HPV não cancerígeno), embora, em algumas vezes, o HPV não apresente sinais”, alerta a especialista.
A ginecologista explica ainda que, embora não seja a única forma de contágio, a relação sexual é a principal forma de transmissão. “É importante destacar que a mulher infectada pode transmitir para o bebê durante o parto normal. Outra forma de contágio é o compartilhamento de objetos de higiene pessoal”, ressalta.
Como se prevenir do HPV
Ainda que seja um assunto amplamente divulgado, é sempre bom lembrar que o uso de preservativo (feminino ou masculino) durante o ato sexual é uma importante forma de prevenção da doença, segundo a ginecologista.
“A vacinação é outro método e é até mais eficiente contra o HPV. A aplicação da vacina é recomendada, principalmente, para mulheres na faixa dos 9 aos 45 anos. Além disso, a consulta anual com o ginecologista com a realização de exames preventivos é imperativa”, reforça Rosa Maria Neme.
HPV e o câncer
A ginecologista explica que, quando não diagnosticado no início e sem o tratamento adequado, o HPV pode levar ao câncer de colo de útero, vulva ou vagina. “O HPV modifica o material genético das células causando uma transformação celular e o desenvolvimento do câncer”, alerta.
Este é sem dúvida alguma mais um motivo para ficar atenta a qualquer alteração na região genital. “Nos casos de HPV que podem levar ao câncer, pode não haver sintomas até se atingir um nível mais avançado. A partir daí pode aparecer um corrimento avermelhado com consistência aquosa e sangramento durante relação sexual. Para ocorrer o contágio a pessoa infectada não precisa necessariamente apresentar sintomas”, explica.
Diagnóstico e tratamento do HPV
Rosa Maria Neme afirma que o Papanicolau ainda é a melhor maneira de se diagnosticar o HPV. Segundo ela, com este exame é possível detectar lesões no colo do útero.
A especialista lembra que o HPV pode ter cura, tanto no homem como na mulher. “Em geral, após dois anos do diagnóstico e tratamento, se não houver retorno da lesão, é considerada curada a infecção. Mas a pessoa pode se contaminar novamente e apresentar nova infecção a qualquer momento”, ressalta.
Em relação ao tratamento, a ginecologista explica que, quando o HPV é detectado no início, há a necessidade de tratamento específico. "Destruir a célula infectada por meio de cauterização elétrica, laserterapia ou medicamentos locais podem ser indicados em certos casos. Se a doença estiver mais avançada, deve-se recorrer à cirurgia de maior complexidade, como conização ou até mesmo a retirada do útero”, alerta.
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