Carne vermelha faz mal? Saiba o que dizem as nutricionistas
Especialistas alegam que consumo moderado e de cortes magros não são prejudiciais e podem, inclusive, trazer benefícios para o corpo
Em dietas em que o objetivo é emagrecer, é comum que a carne vermelha seja cortada do cardápio. Isto ocorre porque o alimento, principalmente os cortes considerados “gordos”, contém grande quantidade de gordura saturada, o que favorece o aumento de peso, além de elevar os níveis de colesterol, pressão arterial e os risco de câncer.
De acordo com Giovana de Lucca, nutricionista do Vida Mais (SP), os cortes de carne que devem ser evitados são costela, fraldinha, picanha, cupim, acém e alcatra, além dos preparos como frituras, empanados e milanesas. Porém, o consumo de carne vermelha com moderação também pode trazer benefícios para o corpo.
Os benefícios da carne vermelha
Segundo a nutricionista Patrícia Cruz, a carne vermelha é fundamental para saúde humana. “Ela é rica em ferro (que previne a anemia), fonte de proteínas de alto poder biológico (responsáveis por reconstrução tecidual) e vitamina B12 (sua deficiência pode causar anemia megaloblástica, além de doenças neurológicas)”, explica.
Giovana acrescenta que a carne é fonte de mioglobulina, uma proteína que promove o transporte de oxigênio para as células musculares e age como antidepressivo, o que permite exercícios mais intensos e sensação de bem-estar. Mas alerta: “É importante ressaltar que para desfrutar dos benefícios do consumo da carne vermelha, é preciso saber escolher o tipo e o corte da carne, e o tipo de preparo, dando preferência aqueles que não levem muito óleo, como grelhados e assados”.
Cortes magros: opção mais saudável
Para quem não vive sem carne, é possível buscar opções mais saudáveis. A dica é preferir cortes mais magros, como filé mignon, baby beef, patinho, coxão duro, coxão mole, lagarto, maminha. “Caso compre outros cortes, vale à pena retirar toda a gordura aparente da carne, isso também vai ajudar a reduzir o seu teor de gordura”, ensina Patrícia.
Por fim, as nutricionistas sugerem um consumo moderado de duas a três vezes por semana de carne vermelha, com porções que podem variar de 125 a 200 gramas. “Este é um padrão de alimentação saudável para população em geral”, finaliza Giovana.
Parar de comer carne vermelha pode ser prejudicial à saúde?
A resposta para esta pergunta é não, de acordo com a dupla de nutricionistas. Comparados com a carne vermelha, a carne branca e ovo apresentam um teor menor de ferro e vitaminas do complexo B, mas para isso basta aumentar o consumo de vegetais verdes escuros e de leguminosas como feijão, lentilha e grão de bico.
“O indivíduo que fez a exclusão da carne vermelha, não vai apresentar, necessariamente, deficiência traduzida pelas anemias”, explica Patrícia. Além disso, as carnes brancas também contêm boas fontes de vitamina B12, e o ferro pode ser encontrado na gema do ovo.
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