Saiba tudo sobre a homeopatia

Surgida no final do século XIX, a homeopatia consiste em tratar o mal pelo mal, através de doses infinitesimais de medicamentos. Embora esta alternativa médica seja uma das mais desenvolvidas no mundo ocidental, suas virtudes ainda não foram comprovadas cientificamente. 

A homeopatia segue três princípios fundamentais:

• O princípio da similitude: trata-se uma doença com uma planta que provocaria os mesmos sintomas que ela em uma pessoa sã, mas em quantidade suficientemente mínima para não se tornar tóxica.
  
• O princípio da diluição: a quantidade de moléculas ativas é extremamente diluída, várias centenas de vezes.
  
• O princípio da globalidade: o indivíduo é percebido na sua totalidade, física e psicologicamente, e não apenas através da doença que manifesta. Da mesma forma, um tratamento não é intercambiável, de um indivíduo para outro, ainda que os sintomas sejam os mesmos.
  

Os remédios homeopáticos se apresentam, na maioria das vezes, sob a forma de pílulas embebidas da solução diluída, que o paciente deixa derreter debaixo da língua.

O pai da homeopatia é Samuel Hehnemman. Foi em 1796 que lhe veio a ideia de utilizar as plantas dessa forma.

Esta alternativa médica é indicada especialmente para pequenas doenças, como resfriados, sinusites, mas também alergias, estados de ansiedade, etc.

Ela também pode ser usada preventivamente, em especial no inverno ou na hora de retomar um esporte, antes de uma competição ou de fazer provas…

A homeopatia não pode em nenhuma circunstância tratar o câncer e outras doenças graves. Em compensação, pode ser útil para encarar o tratamento e uma convalescença.

Os homeopatas são antes de mais nada médicos. Eles tiveram exatamente a mesma formação que um generalista.

Em seguida, eles fizeram uma especialização em faculdade ou em escolas especializadas, para estudar a homeopatia. Em geral, esta formação tem várias centenas de horas letivas.

A primeira consulta dura cerca de 45 minutos. O médico realiza inicialmente um avaliação clínica, para verificar se o paciente não sofre de alguma patologia que não pode ser tratada através da homeopatia.

Em seguida, o médico dá atenção a alguns aspectos anatômicos do paciente: a língua, as unhas, a pele, que podem espelhar disfunções internas ou simplesmente um pouco do temperamento.

Depois disso vem um questionário detalhado, que tem como objetivo conhecer sintomas e também determinar suas causas e estabelecer um perfil homeopático do paciente. É por isso que, mesmo diante de dois sintomas iguais, dois pacientes não vão repartir a mesma receita médica.

Até o momento, nenhum estudo randomizado conseguiu comprovar a eficácia da homeopatia. Só existe uma certeza: ela produz um efeito placebo em algumas pessoas que “confiam” nela.