Qual é a hora certa de passar a criança do berço para a cama?

Ver os filhos crescendo é uma delícia, mas lidar com estas mudanças não é tão fácil; veja dicas para ajudar na transição do berço para a cama

A maneira com a qual os pais vão lidar com a transição será determinante para evitar traumas para a criança.

 

As mães estão sempre atentas às mudanças que acontecem na vida dos filhos, especialmente os bebês. Nesta primeira fase da vida dos pequenos, toda transformação pode trazer questionamentos aos pais, além de receios de que algo de ruim aconteça ou não fique bem. A dúvida sobre qual é a hora certa de passar a criança do berço para a cama é um belo exemplo.

De acordo com a psicóloga Maria Clara da Mata, é preciso que tudo seja tratado com o máximo de naturalidade, pois são as mudanças bruscas que podem gerar traumas no futuro. “Se é certo que a criança está crescendo, tudo ao seu redor deve condizer com cada momento. Não é saudável que a troca aconteça antes da hora e menos ainda de maneira tardia, pois tudo isso pode influenciar no seu desenvolvimento psíquico e cognitivo”, afirma.

Já a pediatra Alice de Farias ressalta que a segurança da criança também deve ser levada em conta. “Quando o filho já sabe andar e começa a pular a grade do berço com facilidade, por exemplo, pode ser um sinal de que precisa de mais espaço, mais liberdade. Caso a mãe fique insegura, uma dica é inicialmente colocar almofadas próximas à cama, retirando na medida em que for percebendo que está tudo bem”.

Do berço para a cama sem traumas

Maria Clara explica que geralmente esta transição do berço para a cama é feita entre um ano e meio e três anos e meio. Mas isso depende mais do momento de cada criança do que da idade em si. “Nenhum ser humano se desenvolve de maneira idêntica a outro, o que nos leva à necessidade identificar as características de cada caso e ajudar a mãe a tornar tudo o mais natural possível”, destaca.

Uma maneira de fazer com que a criança não sinta esta mudança de maneira negativa é transformar o momento em ganho, nunca em perda. “Levá-lo para escolher a cama, associá-la a um presente e mostrar que isso é bom faz com que o filho veja com bons olhos tudo isso”, afirma a psicóloga.

A psicóloga lembra, ainda, que não é bom forçar a criança a aceitar situações como esta, pois isso pode gerar um estresse desnecessário e retardar a troca do berço para a cama. “Nada melhor do que uma boa conversa para que os filhos aceitem as mudanças e isso deve acontecer em um momento mais tranquilo, nunca próximo a qualquer outro evento negativo para ele – como tirar o bico, por exemplo”, reforça.

De acordo com a pediatra Alice de Farias, alguns berços já ajudam a fazer esta transição, pois dão a possibilidade de retirar as grades, transformando-se em pequenas camas. “Assim a criança não sente tanto a mudança e certamente vai aceitar melhor, o que é um grande passo em direção à cama de verdade”, explica.

A especialista lembra que toda liberdade deve ser dada aos pequenos junto com a vigilância. “Até que a criança crie um padrão de comportamento responsável é importante que os pais continuem observando. Ainda mais no caso de crianças menores de três anos, pois os riscos de acidentes são maiores. Na medida em que for passando o tempo a confiança vai aumentando, até que pais e filhos possam dormir tranquilos”, conclui.

 

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