Brincadeiras eróticas: quando o lado lúdico apimenta a vida sexual
Segundo especialistas, as brincadeiras eróticas ajudam a quebrar a rotina do sexo sem ultrapassar os limites das fantasias sexuais mais ousadas
Brincar não é somente coisa de criança. À luz da psicologia, o lúdico é uma maneira de os adultos entrarem em contato com a realidade de forma prazerosa, sem o peso da seriedade excessiva. Não por acaso, o mundo das fantasias sexuais é vasto.
Mas como nem todo casal está disposto a ir além experimentando fetiches mais ousados – como a troca de casais ou sexo na frente de outras pessoas, brincadeiras eróticas inocentes também valem no jogo da sedução.
“Eu sempre digo aos casais para nunca deixarem de seduzir um ao outro. Mas eles me perguntam: e como faz isso? Eu proponho: pense no seu parceiro (ou parceira) como alguém que você ainda não conquistou”, provoca a psicóloga Isabela Rosa.
Mas a orientação da especialistas pode dar certo. Funcionou para o casal carioca Angela e Luís Martins. Para comemorar os 10 anos de casados, eles resolveram fazer algo de diferente: brincaram de ir a uma boate separados. Fingiram que não se conheciam e se paqueraram.
Ele "chegou" na própria mulher fazendo a "azaração". Dançaram, conversaram sobre coisas triviais. Fizeram perguntas sobre a vida um do outro. E acabaram em casa fazendo sexo como se fosse a primeira vez.
Ela teve o cuidado de se arrumar na casa da irmã, para ele nem saber como ela iria vestida. Lá chegando, comportaram-se como duas pessoas que vão sozinhos a um clube. Chegaram no bar para tomar uma bebida, dançaram com outras pessoas. “Até que começamos a nos olhar e ‘rolou a paquera’", conta Ângela.
Efeito da brincadeira erótica
Luís afirma que a experiência foi emocionante. “Depois de tantos anos de casado, vivi os desafios de conquistar uma mulher. Deu frio na barriga, me vi tomando um drinque para me encorajar e pensando em como iria abordá-la. Entrei na brincadeira mesmo. Sem contar o misto de ciúme e orgulho ao ver outros homens olhando para ela”, conta o marido.
O casal afirma que ouviram histórias do dia a dia e da rotina de ambos que pareceram mais interessantes, mesmo que eles já soubesse. Isso fez a admiração aumentar. Para a psicóloga e sexóloga Priscila Junqueira, as brincadeiras eróticas funcionam bem justamente porque os casais voltam a namorar, a ‘ficar’ e isso pode gerar várias descobertas – ou redescobertas.
“Esse exemplo do casal é muito importante e precisa acontecer, mesmo. Os casais acabam caindo na rotina e esquecem de namorar, bater papo. Acredito que usar algumas fantasias que despertem desejo, também é interessante”, orienta a sexóloga.
O casal Ângela e Luís depois fizeram outras brincadeiras, como ela se fingir de prostituta numa rua e ele passar de carro e terem uma noite ao estilo do filme ‘Uma Linda Mulher’. Mas outras brincadeiras eróticas propostas pela sexóloga Priscila Junqueira podem ser feitas em casa mesmo.
“Descubra se o outro tem vontade de te ver vestida de alguma coisa, como enfermeira. Ou você gostaria de vê-lo de bombeiro etc. Pode também ler um conto ou ver um filme erótico e dramatizar a situação. O mundo fantasia desperta muito desejo e pode ser um bom jogo”, afirma Priscila.
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