Carne vermelha não é vilã da saúde, aponta médico nos EUA

Em artigo recente, especialista norte-americano defende que a redução do consumo de carne vermelha não diminui o número de doenças cardiovasculares e câncer 

Doenças cardiovasculares e câncer costumam ser associados à ingestão de proteína animal, em especial a carne vermelha. Mas para o médico e professor da Indiana University School of Medicine, Aaron E. Caroll, essa relação parece não estar coerente. Em recente artigo publicado no jornal The New York Times, o especialista defende que a carne vermelha não pode ser responsabilizada por estas doenças.

A avaliação do médico toma por parâmetro a redução do consumo deste tipo de alimento nos Estados Unidos, que não refletiu em nenhuma alteração nos números de pessoas afetadas por câncer, obesidade ou doenças coronárias. No artigo, ele mostra que a redução do consumo de carne acontece em paralelo a um avanço da ingestão de açúcares e carboidratos, o que também pode ser prejudicial à saúde. O médico acredita que se a carne vermelha fosse realmente a vilã da saúde, os índices de doenças associadas ao seu consumo teriam sido reduzidos. 

No Brasil, China e Índia, o consumo de carne aumentou em torno de 5% em 2014, em comparação com anos anteriores. Na contramão dos países emergentes, os países desenvolvidos consumiram menos carne no ano passado, seguindo uma tendência crescente de preocupação com saúde e sustentabilidade.

Caroll reforça que nada em excesso é saudável e o grande perigo é colocar determinados alimentos no rol dos vilões da dieta. No artigo, o médico levanta a questão sobre a tendência de se culpar certos alimentos por doenças diversas. Ele defende ainda que a melhor dieta é aquela adequada a quem a está seguindo. “O que não é útil é escolher um culpado nutricional da má saúde”, conclui o médico em seu artigo. 

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