5 semanas de gravidez

A 5ª semana marca uma etapa importante: a menstruação de fato não veio e o corpo da gestante começa a reagir

O corpo da mãe

A menstruação não veio como de costume. Se o seu ciclo é regular e andou tentando engravidar, é muito provável que seu desejo tenha se realizado. Em caso de sangramento, não entre em pânico, pois isso pode ter sido causado pela erosão de vasos sanguíneos da mucosa uterina durante a implantação do óvulo. Cuidado, todavia, pois se estes sangramentos estiverem acompanhados de dores no baixo ventre, isso pode ser um sinal de aborto espontâneo ou de uma gravidez ectópica. Neste caso, vá ao seu médico o quanto antes.

Além disso, os sinais característicos da gravidez começam a aparecer:
  • enjoos pela manhã;
  • cansaço durante o dia;
  • oscilação de humor;
  • e os seios, que já se preparam para o aleitamento, ficam inchados e doloridos.

Estes pequenos problemas são provocados pela progesterona e o estrógeno, hormônios secretados pelo corpo lúteo do ovário, e a gonadotrofina coriônica, hormônio secretado pelo trofoblasto. Seu papel consiste em manter o embrião dentro da mucosa uterina.

Se ainda não fez um teste de gravidez, está na hora de fazer um. Se der positivo, confirme com um exame de sangue prescrito por médico. Se der negativo e sua menstruação não vem, refaça-o em alguns dias. Saiba que há laboratórios que fazem testes para verificar gravidez sem receita, porém, neste caso, é preciso pagar pelo exame. O resultado sai no mesmo dia. 

A evolução do bebê

O tamanho do bebê aumenta numa velocidade incrível e já mede um pouco menos de 2 mm. Não se fala mais em óvulo, mas de disco embrionário com uma cabeça e uma cauda que começam a aparecer. Têm início, então, o desenvolvimento do sistema nervoso central e a formação do cérebro e sua espinha dorsal. Os olhos e as orelhas começam também a se formar, bem como o fígado, os rins, os músculos e os ossos, que não se ossificam de imediato. Além disso, a fusão de dois vasos sanguíneos cria um tubo cardíaco que se contrai: o coração começa a bater.

O embrião ainda é alimentado graças ao saco vitelino e aos nutrientes presentes na mucosa uterina até que a placenta assuma este papel, por volta da 6ª semana de gestação.

Exames médicos

Agora é hora de marcar uma consulta com um obstetra, caso ainda não o tenha feito, para dar início ao pré-natal. Este é o momento para sanar todas as dúvidas com relação à gravidez com o médico. Leve anotadas todas as questões.

Na primeira consulta, o médico geralmente faz um exame clínico e verifica se o óvulo está corretamente implantado no útero, e não em alguma trompa, sinal de uma gravidez ectópica. Ele também prescreve alguns testes laboratoriais, tais como exame de urina, de fezes e de sangue.

É recomendável que nessa primeira bateria estejam incluídos testes de HIV/Aids, sífilis, níveis de ferro, glicemia, hepatite, toxoplasmose, rubéola, citomegalovírus, vírus da herpes, hormônios da tiroides e fator Rh.

Na 5ª semana, o tubo neural que liga o cérebro a medula espinal, se fecha. Neste momento é fundamental que a mãe tome um suplemento de ácido fólico, uma substância que ajuda a prevenir defeitos do tubo neural. O médico irá indicar a dose correta.

Também é importante redobrar os cuidados com a saúde, em especial a alimentação. Procure uma dieta equilibrada com grande diversidade de alimentos e evite passar muito tempo em jejum. Nesta fase a barreira placentária ainda não existe. É essencial, portanto, evitar bebidas alcoólicas, fumo e automedicação pois essas drogas podem chegar ao embrião.

Além disso, é aconselhável marcar hora no dentista para fazer um check-up da boca. Uma cárie ou uma doença da gengiva, se não tratadas, podem provocar um abscesso e, portanto, a presença de bactérias transmissíveis ao bebê. Mais adiante, isso pode levar a um parto prematuro.

O fator Rh

Caso a gestante não saiba seu tipo sanguíneo, o primeiro exame de sangue indicará se o fator Rh é positivo ou negativo. Se a mãe for Rh negativo e seu parceiro Rh positivo, será preciso fazer exames de sangue mensais a partir da 28ª semana ou no intervalo que o médico achar necessário. Isso porque, caso o fator Rh do bebê for positivo (e o da mão negativo), o sistema imunológico materno pode reconhecer o bebê como um invasor e produzir anticorpos contra ele.

Esse fenômeno é conhecido como eritroblastose fetal. Para evitá-lo, a mãe recebe uma injeção muscular chamada imunoglobulina anti-D que destrói as células do bebê que estejam na sua corrente sanguínea.

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