Arritmia cardíaca: fique por dentro das principais informações sobre a doença

Alterações no ritmo ou na frequência do coração são as características mais evidentes da arritmia cardíaca

A arritmia cardíaca é um problema que pode ser decorrente de outras doenças . © iStockphoto.com/g-stockstudio

O coração é um órgão que deve bater de forma regular e entre 60 e 100 batimentos por minuto, em média. Quando isso não ocorre, ou seja, no momento em que é percebido alterações no ritmo ou na frequência do coração, é hora de acender a luz amarela, pois este pode ser o sinal da arritmia cardíaca.

O problema se manifesta por meio de palpitações, desmaios, cansaços, ou em casos mais raros e graves, pode haver morte súbita. “A doença pode ser puramente elétrica do coração ou decorrente de outras questões, como hipertensão, doenças das válvulas, infarto prévio, etc”, esclarece Nilton Carneiro, arritmologista do Hospital Moriah, em São Paulo.

Grupo de risco 

Algumas arritmias cardíacas são genéticas e o indivíduo já pode nascer com a alteração. É bom entender que o grupo de risco é formado também por aqueles pacientes com doença cardíaca (hipertensão, insuficiência cardíaca, sequela de infarto, etc) pré-existentes.

"Temos ainda os pacientes que não têm problemas, mas fazem uso, por exemplo, de drogas ilícitas (cocaína e LSD), estão com sobrepeso, diabetes ou são fumantes”, alerta Marcelo Sampaio, cardiologista do Hospital BP, em São Paulo.

Já o diagnóstico deve ser realizado pelo médico, por meio de um simples exame físico, ou eletrocardiograma, Holter (monitor de ritmo cardíaco), etc. Tudo vai depender se é uma arritmia cardíaca que só aparece de vez em quando, ou constantemente.

O tratamento para a arritmia cardíaca

É bom saber que, hoje em dia, boa parte das arritmias cardíacas tem possibilidade de cura. Mesmo quando não é possível acabar totalmente com o problema, um controle efetivo é alcançado na grande maioria dos casos.

O tratamento pode ser feito com a ajuda de medicamentos específicos, por um procedimento chamado de ablação, que é muito parecido com o cateterismo, ou a opção de colocar um marcapasso.

Siga a recomendação médica

Mas fica o alerta: como toda doença cardíaca, o tratamento inadequado, ou atrasado, da arritmia cardíaca pode agravar muito o quadro, levando a sequelas ou até mesmo a morte.

“Podem ocorrer casos em que a arritmia aguda transforma-se em crônica e, eventualmente, a complicação se torna permanente, com formação de coágulos, que podem migrar para as artérias cerebrais, causando um acidente vascular cerebral embólico”, aponta Sampaio.

E vale lembrar que, mesmo curada, a arritmia cardíaca pode voltar. “Se o coração tem características e propensão a essa doença, novas alterações podem ocorrer ou mesmo haver uma recorrência. No entanto, isso não acontece na maioria das vezes”, finaliza Carneiro.

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