Gonorreia: conheça as causas, sintomas e tratamento

Doença sexualmente transmissível pode até causar infertilidade, entre outras doenças, se não for tratada da maneira correta

gonorreia
É importante consultar um médico sempre que surgirem os primeiros sintomas. © iStockphoto.com/champja

A gonorreia é uma doença sexualmente transmissível (DST) causada pela bactéria Neisseria Gonorreae, que infecta a uretra, canal que liga a bexiga ao meio externo. É também conhecida como blenorragia, uretrite gonocócica ou esquentamento e pode causar sérios danos à saúde, levando inclusive à infertilidade.

De acordo com Domingos Mantelli, ginecologista e obstetra, após a infecção, a bactéria vai se espalhando pelo sangue e agride as articulações, podendo também causar feridas na pele, entre outros problemas. “A prática do sexo oral ou anal pode levar a bactéria a estas regiões, causando obstrução anal e alteração na voz”, afirma o especialista.

Sintomas da gonorreia

A especialista destaca que a ação da bactéria é rápida e os primeiros sintomas podem surgir já nas primeiras 24 horas. “Entre eles podemos destacar as lesões nas regiões afetadas e secreções parecidas com pus”, explica, reforçando que ao surgirem os sintomas um médico deve ser consultado para o início imediato do tratamento.

O motivo é simples: a gonorreia pode levar a maiores complicações para a saúde. “Nas mulheres, chegam ao útero, trompas e ovários, causando inflamações e também a infertilidade. No homem, a infecção chega aos testículos e epidídimo, causando infertilidade”, destaca.

Especialistas afirmam também que a gonorreia, quando não é tratada corretamente, pode levar ao surgimento de outras doenças graves, entre elas:

  • Artrites infecciosas em joelho, tornozelos e cotovelos;
  • Lesões de peles principalmente em mãos e pés;
  • Doenças do fígado, como a hepatite;
  • Endocardite, que é uma infecção nas válvulas do coração;
  • Meningite;
  • Osteomielite, que é uma infecção dos ossos.

Tratamento

A boa notícia é que a gonorreia tem cura, mas é preciso que o tratamento seja feito da maneira correta para se ter uma eliminação completa da bactéria. O médico especialista deve solicitar a realização de alguns exames para confirmar a doença. Entre eles o exame microscópico da secreção com a coloração de Gram, que pode apontar a presença da bactéria.

O tratamento é feito com o uso de antibióticos, principalmente a Ceftriaxona intramuscular (250 mg), que possui eficácia comprovada em 99%. O Azitromicina 1gr. em dose única pode também ser uma boa opção, mas apresenta taxa de cura menor e provoca mais efeitos colaterais.

É importante lembrar que a prevenção é sempre o melhor caminho e que para doenças sexualmente transmissíveis é o uso do preservativo. “É imprescindível o uso da camisinha. Esta é a única forma de prevenir a doença”, alerta Domingos Mantelli.

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