Adesivo anticoncepcional: saiba como funciona e conheça os prós e contras

Entre as vantagens está a facilidade de utilização e a contribuição na prevenção de algumas doenças

Adesivo anticoncepcional traz comodidade e proteção para a mulher.

Para mulheres que buscam mais comodidade e facilidade para se prevenir de uma gravidez não planejada o adesivo anticoncepcional aparece entre as principais opções. Seja pela simplicidade da aplicação ou pela eficácia, o método, também conhecido como adesivo transdérmico, vem sendo cada vez mais utilizado, principalmente por mulheres mais jovens.

O ginecologista Andrei de Farias explica o que leva mulheres nesta faixa etária a optarem por este método. “Começa pelo fato de que são elas as que mais apresentam problemas em manter a rotina de tomar a pílula de maneira contínua. Além disso, os riscos de trombose e problemas cardiovasculares cai para 0,1% e 0,02% respectivamente”, afirma, lembrando que com a pílula estes índices são de aproximadamente 0,15% e 0,03%.

Mesmo afirmando não ser possível afastar totalmente os riscos, o especialista lembra que atualmente os métodos anticoncepcionais são em sua maioria muito seguros. “Geralmente quando acontece algum problema há algo que o antecede e que acaba sendo desencadeado pelo contraceptivo, seja de ordem genética ou de doença não controlada”, reforça.

Como funciona o adesivo anticoncepcional?

Este método tem como base os hormônios etinilestradiol e norelgestromina, que possuem a função de inibir a ovulação e que tornam o muco cervical (líquido produzido no colo do útero) mais espesso, impedindo a passagem dos espermatozoides. “Além disso, tornam o endométrio atrófico, impedindo a implantação do embrião”, destaca o especialista.

A aplicação do adesivo anticoncepcional deve acontecer no primeiro dia do ciclo menstrual, ou seja, no primeiro dia da menstruação, sendo substituído a cada sete dias. “O local de aplicação deve ser alterado a cada semana, tendo como regiões mais indicadas o abdômen inferior, a parte externa do braço, a parte superior das nádegas ou o dorso superior”, afirma Farias.

Após completados os 21 dias (três semanas) de uso do adesivo, deverá ser guardado um intervalo de sete dias, quando ocorrerá a menstruação normal. “Pode haver por parte da mulher a opção pelo uso contínuo, mas isto deve ser avaliado junto ao ginecologista para discutir as possíveis contraindicações”, ressalta.

Atrasos de até dois dias (48 horas) na substituição do adesivo não interfere na sua eficácia. Caso haja atraso na primeira aplicação do ciclo menstrual, a indicação é usar preservativo durante os primeiros sete dias em caso de relações sexuais.

Vantagens

Entre as principais vantagens, o ginecologista destaca a segurança e eficácia do contraceptivo. “Pode ser usado por qualquer mulher que não apresente nenhum tipo de restrição ao uso de produtos à base de hormônios combinados e apresenta uma margem de segurança tão alta como a dos demais métodos”, afirma. Freitas indica também outros pontos positivos do adesivo anticoncepcional:

  • Menor risco de esquecimento e falha no uso do anticoncepcional;
  • Redução das chances de desenvolvimento de anemia ferropriva;
  • Menor risco de desenvolver câncer de ovário e do endométrio;
  • Não sofre interferência em casos de vômito ou diarreia (o que pode ocorrer com a pílula);

Desvantagens

É preciso substituir o adesivo semanalmente e esquecer de fazer a troca compromete a eficácia do método. “Mesmo sendo mais simples que a sequência de pílulas a serem tomadas, é preciso que a mulher não deixe de observar o tempo útil do adesivo e faça a mudança de acordo com o estipulado pelo fabricante e com as orientações do médico”, reforça Andrei de Farias. Entre os efeitos colaterais ou desvantagens que este método pode apresentar, estão:

  •  Risco de descolamento do adesivo (3% dos casos), interferindo na sua eficácia;
  •  Alteração no padrão da menstruação nos primeiros meses de uso (normaliza em no máximo 6 meses);
  • Possibilidade de perda de sangue inesperada nos primeiros meses (também normaliza em no máximo 6 meses);
  • Dor mamária (em alguns casos);
  • Dor de cabeça;
  • Reação alérgica no local onde o adesivo foi colado;
  • Náuseas;
  • Cólicas menstruais.

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