Carboxiterapia: conheça a técnica usada no tratamento de estrias e celulite

Indicada para cuidados faciais e corporais, técnica é uma grande aliada na batalha contra a gordura localizada, flacidez, rugas, celulite, estrias e até olheiras

Manchas roxas causadas pela carboxiterapia não são anormais. © iStockphoto.com

A carboxiterapia, originalmente criada para tratar problemas de artérias e acelerar a cicatrização de feridas, vem ganhando destaque nos centros estéticos. A técnica consiste na aplicação, por meio de agulha finas, de um gás carbônico medicinal que promete combater os principais pesadelos das mulheres, como a gordura localizada, flacidez, estrias e celulite.

Mas não só isso. O que muita gente não sabe é que o procedimento também pode ser um grande aliado para disfarçar as rugas, olheiras, alopecia, cicatrizes e fibrose. Segundo Natalie Lucasech, biomédica estética, todos esses benefícios são possíveis graças ao gás carbônico, que é um potente vasodilatador responsável por aumentar a circulação no local onde é aplicado.

“Com uma circulação melhor, há mais sangue, oxigênio e nutrientes para a pele, contribuindo com a produção de colágeno. Além disso, o bom funcionamento da circulação resulta na redução do inchaço e mais distribuição de líquidos no corpo”, explica.

A técnica também contribui para a quebra  das células de gorduras e atua na formação de colágeno e elastina. "A carboxiterapia também pode ser aplicada para amenizar a aparência das olheiras, pois melhora a circulação sanguínea da região e diminui o aspecto escurecido", explica o cirurgião plástico Marco Cassol.

Porém, se engana quem pensa que o tratamento é similar a aplicação de enzimas. “A enzima consiste no uso de fármacos e substâncias medicamentosas, já na carboxiterapia, injetamos apenas o gás carbônico medicinal”, ressalta a biomédica.

Carboxiterapia contra celulite e estrias

A carboxiterapia é aplicada com uma agulha, que por sua vez é acoplada a um cilindro de gás carbônico medicinal. A profundidade de inserção da agulha, assim como a vazão de gás, depende do objetivo do paciente. No caso da celulite, por exemplo, a agulha é inserida na camada entre a pele e a gordura.

Dr. Marco Cassol explica que a carboxiterapia atua em três setores essenciais para combater os furinhos: fibrose, gordura e edema. "O edema é tratado após a dilatação dos vasos sanguíneos e a melhor circulação sanguínea da área. Ao injetar o gás a fibrose é rompida, o que gera aumento do metabolismo e queima de gordura da região", esclarece.

Porém, se o objetivo for reduzir as estrias, a agulha deve ser aplicada dentro da cicatriz. "Neste caso o gás age estirando o tecido em que está a cicatriz. Ao realizar o deslocamento, a região é preenchida com o gás carbônico, o que contribui para formação do colágeno e regeneração da pele", esclarece o cirurgião.

Para realizar o tratamento completo são necessárias em média de 10 a 15 sessões, com intervalo de 15 dias entre as aplicações faciais e intervalo de uma semana para as corporais. O preço pode variar, mas em geral cobra-se R$ 120,00 por sessão, em média.

Não é incomum, durante o procedimento, que o gás provoque pequenas lesões nos vasos, causando manchas roxas no local. Geralmente, as lesões desaparecem em até 15 dias.

O procedimento é doloroso?

O fato de se pensar na aplicação de um produto por meio de uma agulha já causa aflição e incômodo em alguns pacientes, mas Natalie Lucasech explica que sentir dor não é uma regra. “A dor é um quesito muito subjetivo. Têm pessoas que podem cochilar durante o tratamento e outras quase chorar. Hoje, no mercado, existem aparelhos modernos que aquecem o gás, tornando a aplicação mais confortável", tranquiliza.

Além disso, acrescenta a biomédia, outras variáveis também interferem no incômodo sentido por cada um, como a habilidade do profissional, a velocidade de inserção do gás e quantidade que é aplicada. A grande maioria das pessoas relata apenas uma leve ardência no momento da técnica.

Contraindicações

O único cuidado para quem adere à carboxiterapia é evitar a exposição solar. Já as contraindicações se limitam a certos quadros clínicos, como quem sofre de insuficiência respiratória, renal e cardíaca graves, além de anemia, insuficiência hepática, hipertensão arterial descontrolada, trombose arterial, mulheres grávidas e pessoas que façam uso de medicamentos com a substância anidrase carbônica. 

Salva essas exceções, a carboxiterapia é considerada uma técnica com ótimos resultados em pouco tempo de tratamento e pode até ser associada a outros cuidados, como a drenagem linfática e a massagem modeladora. 

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