Cirurgia plástica pós-parto: quando fazer?
Colocação da prótese de silicone nos seios, nos glúteos e lipoaspiração estão no ranking de procedimentos mais procurados pelas mães
Engravidar é o sonho de muitas mulheres, assim como recuperar o corpo após o nascimento do bebê. Por isso, muitas mamães recorrem a cirurgias plásticas para voltar à boa forma. Segundo a Dra. Karina Gilio, cirurgiã plástica e membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, entre os procedimentos mais procurados estão a colocação da prótese de silicone nos seios, lipoaspiração e aumento dos glúteos.
Entretanto, as cirurgias não podem ocorrer logo após o parto, pois podem comprometer a saúde da mãe do bebê. De acordo com a cirurgiã, o implante de silicone, que aumenta o volume das mamas e proporciona contorno, firmeza e simetria para os seios, só é recomendado após seis meses do parto e se a mãe não estiver mais amamentando.
Já a lipoaspiração, que remove o líquido de gordura, remodelando algumas áreas e o contorno do corpo, é recomendada após um ano do parto. A prótese de glúteo, por sua vez, que remodela e aumenta o bumbum, deve ser realizada seis meses após o parto.
Entretanto, quem ainda pensa em engravidar de novo, o ideal é esperar a"última gravidez" antes de realizar os procedimentos, reduzindo assim o risco de prejudicar os resultados dos procedimentos. Mas caso a paciente já tenha operado e mude de ideia, optando por uma nova gestação, será preciso esperar um ano após a realização das cirurgias plásticas.
Os riscos de uma cirurgia precipitada
Querer voltar a forma física logo após o parto é, segundo a médica, o primeiro erro das mulheres. “É necessário esperar o corpo desinchar, curtir o momento com o filho, amamentar e só depois procurar a plástica. Aí sim podemos ver qual é a real necessidade”, explica.
O risco da cirurgia antes da hora é justamente por culpa do inchaço. “Aquele não é o corpo dela e ela precisa esperar que ele volte ao normal”, alerta Karina. No caso da prótese de silicone, o perigo é colocar a prótese de tamanho inadequado, pois quando a mulher está amamentando os seios ainda estão com leite e não é possível saber o seu tamanho real. Além disso, as grávidas são mais predispostas à coagulação sanguínea e a chances de trombose e embolias são altas.
Cirurgia plástica só em último caso
Optar pela cirurgia, que é um tratamento invasivo, não deve ser a primeira opção. Segundo a médica, atualmente a tecnologia está avançada e já é possível eliminar as gorduras acumuladas com aparelhos como o ultrassom de alta frequência, considerado uma técnica não invasiva.
Para não precisar recorrer à cirurgia plástica ou outros métodos, o ideal é não sair comendo o que vê pela frente, mesmo durante a gravidez. O indicado é engordar, em média, de 10 a 15 kg. Além da alimentação balanceada, a cirurgiã sugere a prática de atividade física, principalmente aquelas indicadas para as gestantes, como hidroginástica, yoga, pilates e caminhada.
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