Ovários policísticos: conheça as causas e tratamentos

Síndrome pode levar à produção de hormônios masculinos em excesso e, como consequência, aumentar a quantidade de pelos no rosto e do corpo 

Saiba como funciona o diagnóstico e o tratamento de quem tem ovários policísticos.


Caracterizada como um distúrbio hormonal, a síndrome do ovário policístico (SOP) altera a estrutura nos ovários da mulher e pode levar à secreção de hormônios masculinos em excesso. Segundo a Dra. Juliana Amato, ginecologista e obstetra do Amato Instituto de Medicina Avançada, a doença pode ocorrer por herança genética ou como resultado de um desequilíbrio na secreção de insulina pelo pâncreas.

Outra consequência dos cistos no ovário é interferir no ciclo menstrual e na ovulação. De acordo com o Juliana, embora seja normal o aparecimento destes cistos durante o processo de ovulação, eles desaparecem a cada ciclo menstrual. Entretanto, em portadoras da SOP, eles permanecem e modificam a estrutura ovariana, tornando o órgão até três vezes mais largo do que o tamanho normal.

O principal sintoma dos ovários policísticos é a irregularidade menstrual, que ocasiona ovulações esporádicas e até infertilidade. Ainda segundo Juliana, outros sintomas também estão relacionados, tais como a obesidade, pele e cabelos oleosos, aumento de pelos na região de face e corpo, queda de cabelo e manchas escuras em axilas e na nuca.     

Diagnóstico e tratamento 

O diagnóstico da doença é realizado pelo médico através de um exame físico, história clínica da paciente e complementado com exames de sangue hormonais, além de ultrassonografia pélvica para avaliação da morfologia dos ovários. Já o tratamento, explica a ginecologista, é realizado de acordo com os sintomas apresentados, mas em geral pode ser controlado por medicamentos. Entretanto, ele deve ser feito o quanto antes para evitar possíveis evoluções da doença, tais como diabetes tipo 2, obesidade e doenças cardiovasculares.    

Para o tratamento, “utiliza-se anticoncepcionais orais para regular a menstruação e diminuir os níveis de hormônios masculinos e, se necessário, outra medicação para diminuir a resistência a insulina. A cirurgia não é mais utilizada pelo fácil manejo com medicações e por afetar a reserva ovariana”, explica Juliana. Entretanto, a ginecologista alerta que é possível prevenir os ovários policísticos: “É possível prevenir as complicações com uma dieta balanceada, exercícios físicos e tratamento medicamentoso”, ensina.       
   
Com o tratamento adequado, Juliana explica que é possível conviver com o distúrbio. “Basta manter uma rotina de visitas a seu médico, realizando o tratamento proposto e mantendo hábitos saudáveis”. 

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