Dicas simples que podem prevenir doenças degenerativas
Hábitos saudáveis de vida podem diminuir o risco de desenvolver doenças degenerativas

Exercitar o cérebro com novos aprendizados ajuda a evitar doenças degenrativas.
Em pouco menos de quarenta anos, o mundo terá três vezes mais pessoas com doenças degenerativas do cérebro. Essa é a estimativa atualizada de um estudo publicado este ano pela Alzheimer’s Disease International, federação internacional que reúne organizações destinadas a estudar e apoiar pacientes de demência.
De acordo com o estudo, a doença de Alzheimer é a mais comum entre as doenças degenerativas. O estudo estima que existam hoje no mundo cerca de 44 milhões de pessoas com a condição. O número deve aumentar para 76 milhões em 2030 e, finalmente, para 135 milhões em 2050.
Ainda segundo a pesquisa da Alzheimer’s Disease International, 71% é a porcentagem de casos de demência no mundo que se concentrará em países em desenvolvimento, como o Brasil, em 2050. Alzheimer e demais doenças degenerativas têm causas complexas.
“São múltiplos os fatores contribuem para que uma pessoa seja acometida por doenças degenerativas. Alguns não podem ser modificados (envelhecimento e fatores genéticos, por exemplo), mas outros podem ser trabalhados para diminuir os riscos de desenvolver estas graves doenças”, diz o médico geriatra Thiago Monaco.
Atividade física regular
A prática de atividade física regular pode diminuir pela metade o risco de desenvolver doenças degenerativas. Recomenda-se cerca de 150 minutos semanais de atividade física. O melhor benefício é atingido aliando atividades aeróbicas e treino de força muscular. Para quem é sedentário, basta adicionar movimento ao cotidiano, como subir escadas, descer um ponto antes do seu destino, carregar as próprias compras, entre outros.
Dieta saudável
Os hábitos alimentares que reduzem inflamação e promovem produção normal de energia contribuem para um cérebro mais saudável. Diversos estudos mostram que a dieta mediterrânea reduz o risco de Alzheimer. Uma dieta rica em legumes, cereais integrais, azeite de oliva e peixes, e consumo reduzido de carne vermelha já ajuda. Deve-se evitar alimentos processados, especialmente os ricos em carboidratos, como açúcar e farinha branca.
Atividades mentais
Manter o cérebro ativo, executando atividades que utilizam múltiplas tarefas ou requerem interação e organização, diminui o risco de Alzheimer e outras doenças degenerativas do cérebro. A sugestão é sempre aprender algo novo, como um idioma ou tocar um instrumento musical. Praticar memorização, resolver jogos de lógica e estratégia e seguir rotas diferentes para destinos habituais ativam os neurônios.
Sono adequado
Estudos recentes sugerem que sono irregular é fator de risco para desenvolver doenças degenerativas. Hábitos que melhoram a qualidade do sono são encorajados, como estabelecer um ritmo de sono-vigília regular (ou seja, procurar ir dormir sempre no mesmo horário e acordar sempre no mesmo horário). A ‘soneca ao longo do dia’ (siesta) também regenera a mente. Evite TVs e outros aparelhos eletrônicos no quarto.
Administrando o estresse
Estresse grave e crônico pode causar redução de volume do hipocampo, estrutura cerebral chave para o funcionamento da memória. Algumas medidas já se mostraram eficazes para combater o estresse: respiração abdominal por alguns minutos, diariamente, além de atividades diárias relaxantes e prazerosas. Meditação e práticas religiosas também entram na lista.
Vida social ativa
Tomando como premissa de que os seres humanos são essencialmente sociais, estudos revelam maior dificuldade de prosperar o cérebro quando se vive em isolamento. Pesquisas mostram que permanecer socialmente engajado pode proteger contra doenças degenerativas. Desenvolver e manter uma forte rede de amigos e interação pessoal, cara a cara e não à distância, mantêm o cérebro mais saudável.
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