Síndrome da fadiga crônica: saiba o que é e como tratar
Doença que sofre tanto preconceito quanto a depressão, a síndrome da fadiga crônica tem diagnóstico difícil mas pode ser curada
Pouco conhecida e com sintomas pouco específicos, a síndrome da fadiga crônica é um quadro de difícil diagnóstico. "É uma doença cruel e debilitante, que provoca dores intensas, cansaço constante, infecções recorrentes, insônia, desânimo, distúrbios gastrointestinais e incapacidade de executar as tarefas mais básicas do dia a dia", explica o Clínico Geral do Hospital Nossa Senhora das Graças (HNSG), Dr. Heitor Lagos .
Como a doença apresenta sintomas que se aplicam também a outras enfermidades, como a depressão, o diagnóstico definitivo é feito por eliminação. O primeiro passo para se chegar ao diagnóstico é submeter-se a uma série de exames.
É necessário confirmar se o paciente não tem uma lista de diversas doenças, como anemia, insuficiência cardíaca, fibromialgia, depressão, câncer ou qualquer outra condição que tenha como sintoma a fraqueza e o cansaço.
“Recomenda-se muita cautela aos pacientes e médicos para antes que se rotule alguém como tendo este quadro”, diz Dr. Heitor. “Em geral o tratamento deste quadro passa pelo uso de antidepressivos com ações nos neurotransmissores e mudanças de estilo de vida com prática de atividade física, psicoterapia e meditação”, explica o especialista.
Exemplo de superação de uma doença difícil
Acometida pela síndrome da fadiga crônica em 2011, a ex-atleta olímpica australiana Amanda Bisk é um exemplo de superação. Impedida de continuar a competir na modalidade salto com vara em função da doença, a hoje modelo, especialista em health fitness e professora de ioga encontrou saída para a anomalia através de mudanças radicais de estilo de vida e alimentação.
"O pior da doença é a demora na investigação, até se chegar a um disgnóstico preciso. Porque, enquanto isso, você está sofrendo os sintomas, que são paralisantes. Sem contar que os médicos associam de imediato a outras doenças e acabam receitando medicamentos como antidepressivos e outros muito fortes", contou Amanda em um bate-papo exclusivo com A Revista da Mulher, em um evento da marca Biotherm em Paris.
A sensação descrita por Amanda e outros pacientes é de que a cama parece ter um ímã, que não deixa a pessoa levantar. “Não é a mente ou a falta de vontade, é , de fato, uma total incapacidade física. A única saída é o apoio ao redor, de quem nos ama, e ajuda psicológica. Mas chega uma hora que percebemos que só nós mesmos podemos nos ajudar. Foi aí que resolvi mudar totalmente meu estilo de vida”, descreveu Amanda.
Atualmente, Amanda Bisk é uma celebridade da internet. Com meio milhão de seguidores na rede social Instagram, suas fotos são uma mostra da mudança de vida completa que favoreceu sua cura.
Sua alimentação é inspirada na macrobiótica e seus exercícios são, em geral, feitos em contato com a natureza. Essa foi a forma que a hoje especialista em uoha e health ftness encontrou para se livrar dos antidepressivos e se curar da síndrome da fadiga crônica.
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