Polícia prende suspeitos de ataques racistas contra Taís Araújo

Um dos suspeitos liderava, com outras oito pessoas de vários estados, um grupo de 25 mil integrantes

Atriz foi alvo de ataques racistas em novembro de 2015.


Numa operação de combate ao crime de racismo contra a atriz Taís Araújo, que foi vítima de ataques em novembro de 2015, policiais do Rio de Janeiro cumpriram quatro mandados de prisão e onze de busca e apreensão na manhã desta quarta-feira (16).

Um homem foi preso em Navegantes (SC), suspeito de ser um dos líderes da quadrilha. Segundo o delegado Pablo da Costa Sartori da Delegacia de Repressão a Crimes de Informática (DRCI), do Rio de Janeiro, o suspeito liderava, com outras oito pessoas de vários estados, um grupo de 25 mil integrantes.

"Eles participaram dos 'ataques' cometidos contra a jornalista Maju, contra a atriz Sheron Menezes e pelo menos outras 30 pessoas desconhecidas da mídia", relatou o delegado ao portal de notícias G1

Em Jandira, no interior de São Paulo, a polícia prendeu outro suspeito de cometer os ataques racistas. Menor de idade, ele foi encaminhado para a Delegacia Estadual de Investigações Criminais (DEIC). A operação também ocorreu em outros estados como Paraná, Minas Gerais, Bahia e Rio Grande do Sul. 

Entenda o caso

De acordo com as investigações, o ataque a Taís Araújo foi premeditado e articulado pelo grupo, criado exclusivamente com o objetivo de praticar ataques racistas. As investigações apontam, ainda, que eles realizam frequentemente este tipo de ação a perfis na Internet, sites e contatos via Whatsapp, sempre com ofensas racistas.

O grupo tinha uma estrutura hierárquica definida e primeiro escolhia os alvos. Depois, os administradores definiam as ações, como planejamento e execução dos ataques. Além disso, havia regras dentro da quadrilha que, se não fossem cumpridas, gerava punições como a expulsão do membro do grupo, apontam as investigações.

Copyright foto: Marcello Sa Barretto / Agnews

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