Picada de abelha: cuidados a tomar após uma picada

Saiba o que fazer em caso de picadas de abelhas e quais os riscos elas podem oferecer para a sua saúde

Picada de abelha pode ser perigosa caso a pessoa tenha alergia ao veneno.


O verão chegou e com ele aquela imensa vontade de passear por lugares abertos, de preferência onde a natureza seja predominante. Acontece que este é também o período no qual se torna mais comum o aparecimento de insetos, entre eles a abelha, o que pode representar certo perigo para as pessoas

As picadas de abelha, entretanto, não trazem consequências graves à saúde, a não ser que a pessoa atingida possua alergia ao veneno do inseto. Neste caso, a reação alérgica pode até mesmo levar à morte. De acordo com a Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia (ASBAI), são registradas 40 mortes por ano causada pela picada do inseto, nos Estados Unidos e 100 na Europa. No Brasil não há um estudo mais detalhado sobre o tema, mas a associação acredita que aqui seja também frequente.

Não há dúvidas de que as abelhas são importantes na natureza, pois são elas as maiores responsáveis pela polinização das plantas, garantindo assim a continuidade das mais diversas espécies. Uma dica para não ter problemas com picada de abelha é tentar evitar ao máximo a aproximação de locais onde há maior incidência deste inseto, o que nem sempre é possível. 

Sintomas da picada de abelha

Assim como ocorre com a picada de outros insetos, como as vespas (marimbondos) e formiga de fogo, os sintomas geralmente são dor no local com vermelhidão e inchaço. A diferença é que, ao picar, a abelha deixa no local o seu ferrão, o que ajuda a identificar mais rapidamente. Em pessoas que não são alérgicas, as picadas de abelhas não causam grandes problemas, podendo ser tratadas apenas com corticoides tópicos e anti-histamínicos por via oral.

Já nos casos de alergias ao veneno do inseto, a situação pode se agravar e outros sintomas surgirem, levando inclusive a reações anafiláticas e risco de morte. Quando isto acontece a pessoa picada pode apresentar mal-estar, falta de ar, vermelhidão na pele (urticária) fora da região atingida, taquicardia, vômitos, desmaio, queda de pressão e perda de consciência

O que fazer após a picada da abelha

O doutor Fábio Morato Castro, que é membro da ASBAI, explica o que deve ser feito logo após a picada da abelha. "Se a pessoa não for alérgica, apenas cuidados locais, como colocar gelo e retirar o ferrão. Se a pessoa for alérgica, mas não sabe, procurar imediatamente o pronto socorro. No caso em que a pessoa já sabe que é alérgica, andar sempre com um kit de emergência e uma seguir a orientação do médico alergista. Nos dois últimos casos é importate não perder tempo com a retirada do ferrão".

O médico lembra que a ajuda de um profissional capacitado é essencial para tratar os casos de alergia. "O especialista tem alguns métodos diagnósticos. A história do paciente é importante, testes cutâneos e a determinação no sangue do anticorpo contra o veneno. A intensidade da reação pode ser muito variável, podendo chegar à morte. A reação, geralmente, é muito rápida, em minutos", alerta.

O mais indicado é se proteger sempre que for a um lugar onde há concentração de insetos, como parques, jardins e cidades do interior. Isto pode ser feito com o uso de repelentes e de roupas adequadas, evitando também perfumes ou cremes mais adocicados, o que acaba atraindo os insetos.

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