Flores comestíveis: saiba incluí-las nas receitas
Além de deixarem as preparações mais saborosas e coloridas, certas flores fazem bem para a saúde. Confira as receitas

As flores comestíveis podem estar presentes em assados, saladas, sopas, doces, pães, bolos e chás.
Não só para decorar casas e festas servem as flores. Na culinária, esses ingredientes originais também têm sua utilidade, que, aliás, vai muito além da decoração.
As flores comestíveis são utilizadas há séculos, na Ásia e na Europa. As mais conhecidas são os floretes de brócolis, a couve-flor e a alcachofra, mas não só. Também completam a lista flores ornamentais, como a capuchinha, nastúrcio, begônia, rosas e a flor de abóbora.
Segundo a Renata Migueis, nutricionista do Vigilantes do Peso, as flores comestíveis possuem baixo valor calórico (em média, cerca de 40 kcal por 100g) e, assim como frutas e legumes, contêm vitaminas A (carotenoides) e C.
A especialista também destaca como benefícios das flores a presença de compostos fenólicos, que apresentam poder antioxidante e anti-inflamatório, além de flavonóides, que possuem efeitos antimicrobiano e antiviral.
As flores comestíveis na culinária
Embora muita gente torça o nariz para a ideia de incluir flores no cardápio, o sabor não é tão exótico, como explica o Chef Orlando Baumel, do Site Oba Gastronomia: “O sabor varia de flor para flor, desde o adocicado da flor amor-perfeito até a picante capuchinha.”
A nutricionista complementa, explicando que o sabor depende de cada espécie: algumas podem ter um sabor doce ou cítrico, levemente apimentado e até amargo. “As rosas, por exemplo, possuem sabor mais adocicado. Já begônias, uma acidez agradável.”
Há pouco tempo incorporadas em receitas e preparações, as flores ornamentais comestíveis podem estar presentes em assados, cozidos, saladas, sopas, doces, pães, bolos, biscoitos, sobremesas e até chás e refrescos.
Para o chef, não importa se o prato é doce ou salgado: as flores combinam e deixam a receita não só mais saborosa, como mais bonita. Contudo, ele alerta: “As flores ornamentais não devem sofrer processo de cocção”. Ou seja: cozinhar as florzinhas, nem pensar.
Migueis dá algumas sugestões de pratos que combinam com as flores: a rosa, explica, é usada na cozinha árabe, em cremes e musses. A flor de abobrinha ou da abóbora, como recheio de queijo ou empanadas.
Já as begônias são comuns em saladas e ensopados. A violeta verdadeira pode ser cristalizada e usada em bolos, sorvetes e pudins. A calêndula, por sua vez, cede suas pétalas para serem misturadas ao arroz, ao peixe, à sopa, aos queijos, iogurtes e às omeletes, dando uma coloração como a do açafrão.
Limpeza e armazenamento
Assim como todos os vegetais e legumes, as flores comestíveis devem ser lavadas com atenção. Para o chef culinário a dica é “lavá-las suavemente com água, para que elas não se desmanchem.”
Além de lavá-las em água corrente, a dica é colocá-las em água com sanitizante (hipoclorito de sódio - 1 colher de sopa por litro de água). “Deixe-as nessa solução por 15 minutos e depois seque-as com papel-toalha com cuidado, pois são muito delicadas e frágeis”, sugere a nutricionista. Partes brancas, estames e pistilos grandes normalmente são amargos e não devem ser consumidos.
Depois de lavadas, as flores podem ser armazenadas em local fresco na geladeira por até 10 dias, se estiverem em uma embalagem bem fechada. Para que as pétalas não fiquem ressecadas, a dica é colocar uma toalha de papel úmida dentro do recipiente com as flores.
Na hora da compra é preciso ter alguns cuidados também. “Para uso comestível, as flores devem ter seu cultivo orgânico e devem ser isentas de agrotóxicos. A garantia de flores para uso culinário é obtida através do selo de certificação de Agricultura Orgânica”, orienta a nutricionista.
Com exclusividade para A Revista da Mulher, o chef e a nutricionista separaram duas receitas deliciosas: salada verde com camarão e flores comestíveis e drink de pétalas de rosa. Clique e confira.
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