Transplante de útero: uma nova esperança para as mulheres
O transplante beneficiaria mulheres que perderam ou nasceram sem útero
O United Kingdom's Health Research Authority aprovou que dez mulheres passem por um transplante de útero como parte de uma nova pesquisa clínica.
As primeiras cirurgias ocorrerão nos próximos meses, segundo o jornal The New York Times, na Clínica Cleveland, localizada nos EUA. Será o primeiro transplante de útero realizado no país. Depois de receberem aprovação, os pesquisadores começaram a selecionar mulheres para o estudo. As candidatas têm de 21 a 39 anos.
A cirurgia beneficiaria mulheres que sofrem da síndrome MRKH, doença rara que se caracteriza pela ausência total ou parcial do útero e canal vaginal no nascimento e afeta uma a cada 5.000 mulheres. O transplante também traria uma promessa de esperança àquelas que perderam o útero por causa de infecções ou outras patologias.
A ideia é que o transplante seja temporário, permitindo que a mulher tenha um ou dois bebês. Depois, ele será removido. Isso porque o índice de rejeição é alto e a mulher terá de tomar medicamentos durante sua permanência.
Embora a ideia seja promissora, existem riscos: a gravidez seria de alto risco, afinal, o bebê estaria sujeito à medicação ingerida pela mãe. Em segundo lugar, o útero seria retirado de pacientes mortas, o que significa que o cuidado com o útero deve ser intensificado.
No mundo todo, apenas um transplante desse tipo já foi feito. A cirurgia ocorreu em setembro do ano passado, na Suíça, e foi um sucesso. O bebê nasceu saudável, porém prematuro.
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