O que são os radicais livres e como combatê-los?

O excesso dos radicais livres no organismo pode contribuir para o aparecimento de doenças. Saiba como evitar o acúmulo dessas moléculas para uma pele e um corpo mais saudável

Além de prejudicar a pele, os radicais livres podem contribuir para o aparecimento de doenças como o câncer.


Uma das grandes preocupações das mulheres é a pele. Além do avanço da idade, o que contribui para o seu envelhecimento precoce é a ação danosa de radicais livres.

Mas a pele não é a única prejudicada, como explica a Dra. Claudia Calvano, médica nefrologista especializada em medicina antienvelhecimento do Centro de Tratamento Estético do Rio de Janeiro. Segundo ela, além das mudanças físicas, como o envelhecimento, a presença em excesso de radicais pode ainda criar um ambiente propício para o aparecimento de algumas doenças.

Isto acontece por que a formação de radicais livres também está relacionada ao enfraquecimento do sistema imunológico. “Manchas pigmentadas na pele, rugas precoces, até distúrbios mais sérios como catarata, arteriosclerose, artrite, entre outras, têm sido atribuídos à ação dos radicais livres”, explica.


Fatores externos: o verdadeiro vilão

Mas afinal, o que são esses radicais livres? Trata-se de moléculas que surgem com a queima de oxigênio pelas células (oxidação). Durante o processo, são liberados radicais livres que, instáveis, tendem a se associar muito rapidamente a outras moléculas. 

O organismo tem antioxidantes para combater este efeito, mas com a modificação do estilo de vida da população, cada vez mais os radicais livres atuam livremente.  

Na verdade, os radicais livres fazem parte de reações normais do organismo e são indispensáveis às defesas do corpo. “O que faz mal e prejudica a saúde é o excesso dessas substâncias no corpo" explica a especialista.

Entre os fatores externos que possivelmente estimulam a formação de radicais livres no corpo estão a poluição ambiental, gases de escapamentos de veículos, raios X, radiação ultravioleta do sol, fumo e fumaça de cigarro, o álcool, resíduos de pesticidas, substâncias tóxicas presentes em alimentos e bebidas (aditivos químicos), além de stress e alto consumo de gorduras saturadas (frituras, embutidos, processados).

Quanto mais uma pessoa ficar exposta a esses fatores, maior é a quantidade de radicais livres que se acumula no corpo. Com o tempo, esse efeito cumulativo pode causar alterações irreversíveis nas células ou mutações, que podem favorecer o aparecimento e o desenvolvimento de células cancerígenas.

Alimentação equilibrada

A Dra. Claudia Calvano expliqua que, uma alimentação rica em vegetais, incluindo frutas, leguminosas, cereais e hortaliças é a melhor proteção contra os radicais livres. “Inúmeros estudos mostram que os antioxidantes presentes nesses alimentos vegetais neutralizam a ação dos radicais livres, diminuindo o risco de uma série de doenças, inclusive o envelhecimento precoce.”

Os antioxidantes mais importantes nos alimentos são: vitamina C nas frutas cítricas e vegetais verdes escuros (laranja, limão, lima, acerola, caju, kiwi, morango, couve, brócolis, tomate). Vitamina E no germe de trigo (fonte mais importante), óleos de soja, arroz, milho e girassol, amêndoas, nozes, castanha do Pará, gema de ovo, vegetais folhosos e legumes. Além da vitamina A presente na cenoura, abóbora, fígado, batata doce, damasco seco, brócolis e melão. 

A médica também sugere o consumo de alimentos marinhos, fígado, carne e aves. Assim como cereais integrais, feijões e nozes, boas fontes de radicais livres, bioflavonóides, substâncias ativas em frutas cítricas, uvas escuras ou vermelhas e catequinas, substâncias ativas em frutas da família do morango, uva e chá verde (green tea).

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