Acompanhar suas redes sociais pode causar a síndrome FOGO
A expressão em inglês Fear of Going Out (algo como “medo de sair de casa”) deu nome a uma nova síndrome associada à falta de vontade de frequentar locais onde todos seus conhecidos estão
Um dos lados fantásticos de Facebook, Instagram, Snapchat e demais redes sociais é aproximar você ao dia a dia de pessoas com quem nunca imaginou ter contato. Só que, poucos anos atrás, estudiosos do comportamento humano já identificaram as possíveis consequências de fazer parte da vida de tanta gente virtualmente. Primeiro, eles descobriram que algumas pessoas estavam mostrando sinas da síndrome FOMO (Fear of Missing Out, em inglês), definida pela sensação ruim de estar num local enquanto acompanha via celular outros tantos amigos e conhecidos curtindo em lugares diferentes. Agora, o novo mal parece ser a FOGO.
Na cabeça de quem sofria de FOMO, o pensamento era “Será que a festa de fulano está mais legal do que o compromisso em que estou?” – por mais que a pessoa estivesse fazendo algo do seu interesse, como vendo um filme no cinema em boa companhia. Apesar de a FOMO ainda existir, a síndrome apontada como sua sucessora é a FOGO – aparentemente cunhada por Alexis Swerdloff, na revista americana New York Magazine.
Na FOGO, o excesso de comentários, fotos, check-ins, hashtags e marcações sobre determinado evento (mais ou menos o que estamos vivendo agora com o Rock in Rio) faz com que a pessoa que acompanha essa enxurrada de informações do outro lado da tela simplesmente perca a vontade de fazer parte daquilo – e acaba se excluindo em casa.
Para quem sofre com essa nova síndrome, a sensação de frequentar os eventos em que todo mundo está presente parece mais assustadora do que atraente. Em outras palavras, a FOGO leva o usuário a acreditar que o fato de tantos amigos e conhecidos participarem de tal programa tira a graça do acontecimento em si.
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